tragédia

Piloto campineiro morre carbonizado

Um piloto campineiro morreu carbonizado após a queda da aeronave em que estava em uma lavoura de algodão, no final da manhã da última segunda

Alenita Ramirez
15/04/2020 às 08:07.
Atualizado em 29/03/2022 às 17:03

Um piloto campineiro de 37 anos morreu carbonizado após a queda da aeronave em que estava em uma lavoura de algodão, no final da manhã da última segunda-feira, em Campo Verde, a 131 km de Cuiabá, no Mato Grosso. Miguel José Cardim Medeiros Filho estava sozinho e vinha para São Paulo. Apesar de ser natural de Campinas, o piloto morava em São José do Rio Preto desde 2015. De acordo com o delegado Mário Roberto de Souza Santiago Júnior, da Polícia Civil de Campo Verde, Medeiros Filho saiu do aeroporto do município com destino a São Paulo e pouco tempo após levantar voo, a aeronave caiu. "Abrimos inquérito para investigar as causas. Não sabemos se foi por falha humana ou mecânica. Paralelamente, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, da Força Aérea Brasileira, também vai apurar o caso" , disse Santiago Jr. Segundo o delegado, a aeronave tinha sido comprada por um empresário da capital paulista e Medeiros Filho foi designado pela empresa na qual trabalhava a buscar o avião, com capacidade para oito passageiros. "O piloto passou a manhã toda testando o avião. Entre 11h e meio -dia, Medeiros Filho foi deixar a cidade, de volta a São Paulo, e ainda nas proximidades do aeroporto municipal aconteceu a tragédia. Segundo informações do delegado, “a queda ocorreu na primeira curva para sair da rota aérea de Campo Verde" , contou Santiago Júnior. "Testemunhas relataram ainda que o avião perdeu força e em seguida o controle. Mesmo tentando manobrar, o avião, ele acabou caindo" , acrescentou. Com a queda, o avião abriu um buraco no meio da plantação e ainda derrapou por alguns metros. Em seguida explodiu e o piloto acabou carbonizado. Medeiros Filho estava sozinho na aeronave. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para controlar as chamas na plantação de algodão e retirar o corpo de Medeiros Filho da aeronave, que foi fabricada em 2004. "O Miguel era um anjo. Não falava mal de ninguém. Muito amigo" , contou o educador físico Marcelo Destro, de 37 anos, amigo há 20 anos do piloto. "Ele estava realizando o sonho de infância. Lutou muito para fazer o curso de piloto e se mudou para São José do Rio Preto para realizar esse sonho. Enquanto não arranjava trabalho como piloto, ele fazia trabalhos particulares e chegou a pilotar para uma dupla de cantores sertanejos famosa. Era o orgulho da família e dos amigos" , acrescentou. O campineiro era formado em administração de empresas pela PUC-Campinas e também trabalhou como telemarketing na empresa Atento (Telefónica) - o primeiro emprego. A família dele mora no distrito de Sousas. O corpo dele aguardava até a tarde desta terça-feira liberação no Instituto Médico legal (IML) de Campo Verde, já que era necessário fazer exame de DNA para confirmar ser mesmo de Medeiros Filho.

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