EXPLOSIVOS

PF entra em caso de ataques a caixas no Interior de SP

O bando, que deve ser formado por cerca de 15 criminosos, tinha uma célula em Campinas

Patrícia Azevedo
16/05/2013 às 16:41.
Atualizado em 25/04/2022 às 15:57
Dinheiro apreendido em Campinas com suspeitos de integrarem quadrilha que ataca caixas eletrônicos (Divulgação)

Dinheiro apreendido em Campinas com suspeitos de integrarem quadrilha que ataca caixas eletrônicos (Divulgação)

A Polícia Federal de Campinas está investigando uma quadrilha especializada em arrombamentos e explosões de caixas eletrônicos em todo Interior de São Paulo.

Cinco integrantes do mesmo bando foram presos na última terça-feira (14) em duas ações distintas nas cidades de Campinas e Brodowski, na região de Ribeirão Preto.

O bando, que deve ser formado por cerca de 15 criminosos, tinha uma célula em Campinas.

" A quadrilha tinha uma célula em Campinas, mas são várias as células. Não podemos fornecer mais detalhes porque a investigação está em andamento", afirmou o delegado Sebastião Augusto de Camargo Pujol.

As primeiras prisões ocorreram na terça-feira (14), logo após o roubo ocorrido em Brodowski, na região de Ribeirão Preto.

Vagner Lino Teixeira, 31 anos, Márcio Roberto Araújo de Lima, 46, e Valdemir José de Macedo, 32, todos de Campinas, foram capturados pela Polícia Militar na Rodovia Anhanguera, na região de Ribeirão Preto.

A ação do grupo foi descoberta porque o alarme de uma das agências disparou na Polícia Federal, que acionou a Polícia Militar.

A segunda prisão de integrantes do bando ocorreu em Campinas, na terça-feira. Claudinei Carvalho Rosa, 28, e Fabiano David, 32, foram capturados quando levavam uma caminhonete prata para consertar.

A PM recebeu uma denúncia anônima indicando que os homens foram vistos em uma caminhonete com as perfurações de tiros na lataria.

Os acusados faziam um orçamento para o reparo do veículo em uma oficina mecânica no bairro Guanabara.

A caminhonete tinha as mesmas características do carro usado no roubo em Brodowski. Ao serem presos, os acusados indicaram o local onde guardavam armas e materiais utilizados no roubo.

Em uma chácara localizada no bairro Boa Vista, os policiais encontraram um verdadeiro arsenal. Havia no local um fuzil AK 47, uma espingarda de calibre 12, três bisnagas de gel explosivo, coletes à prova de bala, quatro bananas de dinamite, detonadores, mais de 200 munições e R$ 45 mil em dinheiro, parte do dinheiro roubado naquele mesmo dia.

A Polícia Federal informou que entrou na investigação porque dois dos bancos que foram roubados pelo bando eram federais, o Banco do Brasil e Caixa Econômica. Os policiais acreditam que o bando tenha participado de vários ataques a bancos em todo o Estado de São Paulo. A intenção é localizar e prender outros envolvidos com os crimes.

AÇÕES

Uma quadrilha com pelo menos seis homens explodiu cinco caixas eletrônicos em duas agências bancárias (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) no Centro de Brodowski, na madrugada de terça-feira. Armados com fuzis, os suspeitos trocaram tiros com a Polícia Militar.

O bando pretendia explodir os caixas de outra agência, mas a PM evitou o crime e prendeu três criminosos, identificados como Vagner Lino Teixeira, 31 anos, Márcio Roberto Araújo de Lima, 46, e Valdemir José de Macedo, 32.

Eles estavam em um Palio e foram abordados pela PM na Anhanguera depois das explosões. "Eles são da região de Campinas, se contradisseram ao explicar o que estavam fazendo aqui e tinham sete celulares, o que é incomum", disse o delegado José Augusto Franzini, de Brodowski.

O ataque aos caixas aconteceu por volta das 4h da madrugada. Uma patrulha da PM viu um Jetta circulando pelo Centro e passou a perseguir o veículo. O Jetta se dirigiu para perto de um Astra prata - que seria o mesmo carro usado em outra explosão de caixas eletrônicos em Pitangueiras, na semana passada - e os dois cercaram a viatura da PM. Houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido. Cápsulas de fuzil foram apreendidas pela polícia.

Os policiais ouviram as explosões e voltaram às agências, quando foram novamente recebidos por tiros. Solicitaram reforço policial da região e o Palio com os três suspeitos detidos foi abordado.

Uma Amarok, que estaria carregada com o armamento usado na ação, ainda foi avistada, mas não foi capturada. Esse foi o carro apreendido com os criminosos presos em Campinas.

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