Greve

Petroleiros anunciam paralisações de advertência

Trabalhadores realizaram movimento segunda-feira na Replan, e marcam greve nacional a partir da meia-noite de quarta-feira

Henrique Hein
28/05/2018 às 21:58.
Atualizado em 22/04/2022 às 03:14
Protesto na Replan: petroleiros fazem paralisação de advertência a partir da meia-noite de quarta-feira (Divulgação)

Protesto na Replan: petroleiros fazem paralisação de advertência a partir da meia-noite de quarta-feira (Divulgação)

Os funcionários da Replan, em Paulínia, e da Recap, em Mauá, bases do Sindipetro Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP), realizaram segunda-feira um movimento de apoio a grave dos caminhoneiros. Os manifestantes bloquearam a entrada das duas unidades e deram início a uma paralisação por volta das 6h para exigir a redução do valor da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, além da manutenção dos empregos e da retomada da produção interna de combustíveis. Nas duas unidades não houve troca do turno da manhã. Cerca de 70 trabalhadores que iniciaram o expediente na noite de domingo permaneceram trabalhando até as 15h na Recap e as 15h30 na Replan. O sindicato ainda chegou a cobrar a adesão a grave do pessoal do setor administrativo, que iniciou o expediente durante a manhã de segunda-feira. Ao todo, cerca de 400 pessoas participaram do ato. A categoria também protestou contra o desmonte e a privatização da Petrobras. “Estamos fazendo advertências para o governo e para a Petrobrás. O governo disse que vai segurar por 30 a 60 dias os preços e abaixar os impostos, mas quando acabar esse período vai voltar o reajuste. E isso só vale para o diesel, não para a gasolina ou o gás de cozinha. Se não mexerem na lógica dos preços e na privatização do Sistema Petrobras nós vamos parar por tempo indeterminado”, afirmou o diretor do Sindipetro, Arthur Guimarães. Durante a manifestação, policiais militares participaram da escolta de caminhões-tanques ao logo da Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332). O combustível foi para abastecer os veículos que prestam serviços essenciais, como médicos e policiais. Um grupo de militares da 11ª Brigada de Infantaria Leve também escoltou carretas de combustíveis para abastecer o Aeroporto Internacional de Viracopos e de uma operação para levar medicamentos. Apesar da assistência da PM, caminhoneiros que estavam mobilizados pararam os caminhões-tanques escoltados para checar as notas fiscais e verificar com os motoristas se o abastecimento feito na Replan era destinado ao atendimento dos serviços essenciais. Muitos veículos que passaram pela rodovia optaram por parar o caminhão ao perceberem o bloqueio. Em nota, a Petrobras informou que a companhia tomará todas as medidas necessárias para garantir a continuidade das operações. Sobre os impactos da greve dos caminhoneiros nas refinarias, a estatal reforçou que todas as suas unidades estão em operação. “Onde há bloqueio nas vias de acesso, a empresa está buscando apoio das autoridades para garantir a circulação. A Refinaria de Paulínia está em operação. Houve atraso na troca de turno. A partir da refinaria, os combustíveis seguem para as distribuidoras, que estão gradativamente retomando o abastecimento”, informou a empresa. Greve Nacional A Federação Única dos Petroleiros convocou uma greve de advertência de 72 horas a partir da meia-noite de quarta-feira em todo o País, reivindicando a queda nos preços dos combustíveis e do gás e a demissão do presidente Pedro Parente. 

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