LIXO

Pesquisa sobre coleta mecanizada de lixo intriga autoridades

A Prefeitura e a Renova Ambiental, empresa que presta o serviço, negam que tenham encomendado a pesquisa sobre eficácia dos contêineres de Campinas

Jaqueline Harumi
03/08/2015 às 06:03.
Atualizado em 28/04/2022 às 18:02
Contêineres foram espalhados pela cidade, o que causou reclamação de muitos moradores ( Janaína Rbineiro/Especial a AAN )

Contêineres foram espalhados pela cidade, o que causou reclamação de muitos moradores ( Janaína Rbineiro/Especial a AAN )

Uma pesquisa feita para avaliação da coleta mecanizada de lixo orgânico implantada em Campinas em maio do ano passado surpreendeu moradores do Parque Alto Taquaral na última quarta-feira (29), três semanas depois de o juiz da 1ª Vara da Fazenda de Campinas, Mauro Iuji Fukumoto, acatar a ação de moradores contrários ao serviço, alegando que os contêineres foram mal posicionados, que a higienização mensal é insuficiente e que a audiência pública no distrito de Barão Geraldo para debater a coleta ocorreu apenas seis dias antes da implantação, e sem a devida divulgação. A Prefeitura e a Renova Ambiental, empresa que presta o serviço, negam que tenham encomendado a pesquisa. Segundo o jornalista Gilberto Gonçalves, de 64 anos, morador do Alto Taquaral há 35 anos, um pesquisador do Instituto de Pesquisa de Sorocaba (Ipeso) bateu à sua porta, devidamente uniformizado e com crachá, e fez várias perguntas em uma entrevista que durou de 15 a 20 minutos, mas não revelou quem encomendou o levantamento. “Perguntou se o serviço melhorou ou piorou, o que achava dos contêineres, da coleta, da higienização, da localização”, contou o jornalista, que também respondeu algumas questões relacionadas ao bairro, como a asfalto, iluminação e calçada. De acordo com o morador, outros três pesquisadores entrevistavam vizinhos da rua.A secretária da Associação de Moradores do bairro, Ana Augusta Barbosa Jordão Monteiro, 57 anos, pede transparência na ação. “Pesquisa é sempre bem-vinda desde que seja para efetivar melhorias. Se for fundo político é mais uma campanha. Acredito que sendo mais esclarecedor o próprio morador se sente mais seguro para dar opinião”, explicou. Procurado pela reportagem, o representante do Ipeso não retornou contato para falar sobre a pesquisa. O porta-voz da Renova disse que tomou conhecimento porque moradores ligaram ao 156 com medo de abrir a porta para pesquisadores e desconhece a autoria. Já a Prefeitura apenas negou ter encomendado o levantamento. A coleta mecanizada foi implantada em seis regiões da cidade (Centro, Cambuí, Sousas, Joaquim Egídio, Barão Geraldo e Taquaral).

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