SEADE

Pesquisa mostra melhora nos índices de Campinas

Rendimento médio do emprego formal cresceu de R$ 2.540,00 para R$ 2.680,00; taxa de mortalidade infantil (até um ano) caiu de 10,2 para 9,4, por mil nascidos

Cecília Polycarpo
26/06/2015 às 05:00.
Atualizado em 28/04/2022 às 15:48
Movimento na região central de Campinas: pesquisa mostra que entre 2010 e 2012 a escolaridade aumentou e a mortalidade diminuiu  ( César Rodrigues/ AAN)

Movimento na região central de Campinas: pesquisa mostra que entre 2010 e 2012 a escolaridade aumentou e a mortalidade diminuiu ( César Rodrigues/ AAN)

Pesquisa do Instituto do Legislativo Paulista e Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) mostra que Campinas melhorou os índices econômicos e de desenvolvimento humano entre 2010 e 2012. As informações, que fazem parte do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS), revelaram que o rendimento médio do emprego formal cresceu de R$ 2.540,00 para R$ 2.680,00 na cidade. Além disso, a taxa de mortalidade infantil (até um ano) caiu de 10,2 para 9,4, por mil nascidos e o atendimento escolar de crianças de 4 a 5 anos cresceu de 82,8% para 90,8%.O consumo anual de energia elétrica por ligação no comércio, na agricultura e nos serviços variou de 26,9 megawatts/hora (MWh) para 29,0 MWh. Já o consumo anual de energia por ligação residencial manteve-se em 2,6 MWh. No quesito longevidade, a taxa de mortalidade das pessoas de 15 a 39 anos, por mil habitantes na faixa etária, manteve-se em 1,2. Já na faixa entre 60 e 69 anos decresceu de 14,1 para 13,3. Já a mortalidade perinatal (do recém-nascido ou feto), variou de 10,5 para 10,6, entre mil casos. A cidade somou um ponto no escore do período e está acima da média estadual.A escolaridade apresentou avanço em três dos quatro índices do Seade. A taxa de atendimento escolar de crianças de 4 a 5 anos cresceu de 82,8% para 90,8% e a média da proporção de alunos do 5° ano do Ensino Fundamental da rede pública, que atingiram o nível adequado nas provas de português e matemática, variou de 38,9% para 40,8%. O percentual de estudantes com atraso escolar no Ensino Médio decresceu de 20,6% para 17,1%. No entanto, entre os alunos mais velhos, do 9° ano, a cidade regrediu. A média da proporção de adolescentes do Ensino Fundamental da rede pública que atingiram o nível adequado nas provas de português e matemática passou de 19,9% para 19,4%.Na classificação do Seade, Campinas ficou no Grupo 2, que engloba localidades com bons níveis de riqueza, mas que não se refletem necessariamente nos indicadores sociais. Em 2012, esse grupo concentrava 82 municípios, totalizando mais de 21,3 milhões de habitantes (50,9% da população estadual). O grupo tem cidades industriais, como Cubatão, Diadema, Suzano, Mauá, Guarulhos, Osasco e Cotia, localizados em regiões metropolitanas e municípios com atividade turística, tais como Guarujá, São Sebastião, Campos do Jordão e outros. Nesse grupo destacam-se ainda São Paulo e Ribeirão Preto.Carlos Roberto França, coordenador técnico da pesquisa IRPS, afirmou que o Estado teve uma melhora generalizada no índice, principalmente nos indicadores de longevidade. Os dados de riqueza se mantiveram praticamente estável em São Paulo. O indicador que mais varia de acordo com a região, é o de escolaridade. “Na nova metodologia, incluímos dados não somente quantitativos, mas qualitativos, como desempenho nas disciplinas, o que deu um panorama mais real da educação”, explicou.CampinasA Região Administrativa (RA) de Campinas, com população de 6,4 milhões de habitantes em 2012 (15,2% do total do Estado) e 90 cidades, apresentou níveis de riqueza elevada comparada às demais regiões e bons indicadores de longevidade e escolaridade, com valores acima da média estadual. A região ocupa posições de destaque no ranking das diferentes dimensões do IPRS: Terceira posição em riqueza e escolaridade, e segunda em longevidade. O PIB da RA foi de R$ 214,8 milhões em 2011, correspondendo a 16% da riqueza gerada no Estado de São Paulo. Com importantes polos nos setores de pesquisa e desenvolvimento, combustíveis, logística e transportes e serviços de alta tecnologia, seu indicador de riqueza é próximo da média estadual.

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