RMC

Pequenas cidades lideram aumento populacional

Entre os dez municípios que mais cresceram, oito têm menos de 100 mil habitantes

Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
29/08/2018 às 23:12.
Atualizado em 22/04/2022 às 16:08

Campinas teve o segundo menor aumento populacional (0,98%) e chegou a 1,19 milhão de habitantes, mantendo assim a 14ª posição no ranking das cidades mais populosas do País (Leandro Ferreira/AAN)

As pequenas cidades tiveram as maiores taxas de crescimento populacional no último ano na Região Metropolitana de Campinas (RMC), segundo a estimativa de população divulgada quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia de Campinas (IBGE). Entre os dez municípios que mais cresceram, oito têm menos de 100 mil habitantes. Campinas teve o segundo menor aumento populacional (0,98%) e chegou a 1,19 milhão de habitantes, mantendo assim a 14ª posição no ranking das cidades mais populosas do País e o 2º lugar fora as capitais, enquanto a RMC, a 10ª maior do País, cresceu 1,78% e chegou a 3,22 milhões de habitantes. As estimativas populacionais municipais foram publicadas ontem no Diário Oficial da União e são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios. São, também, referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. O cálculo populacional para os anos entre os Censos Demográficos é feito, segundo o IBGE, por um procedimento matemático e é o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos municípios. Na dianteira O instituto de estatísticas projetou um crescimento superior a 4% entre 2017 e 2018 para Pedreira (4,63%), Paulínia (4,17%), Holambra (4,04%), Engenheiro Coelho (4,03%) e Jaguariúna (3,72%). A maior taxa projetada para as pequenas cidades pode ser explicada, segundo o demógrafo Carlos Antunes, do Instituto de Estudos Sociais (IES), pelos atrativos que elas possuem, especialmente o preço dos terrenos, mais baratos que nas grandes cidades. Além disso, há uma busca das pessoas por cidades menores, mas próximas de grandes centros, onde podem ter mais segurança e ao mesmo tempo facilidade de mobilidade. “É possível, por exemplo, morar em Pedreira e trabalhar em Campinas. Mas tem que se levar em conta, também, que elas têm potencial para atrair investimentos. Jaguariúna é um exemplo disso. Nos últimos anos, empresas de porte, especialmente de base tecnológica, se instalaram lá”, disse. Já o pequeno crescimento projetado para Campinas, de 0,98% no último ano, na avaliação da socióloga Márcia Magalhães Cardoso, reflete o fenômeno que ocorre nas regiões metropolitanas onde as cidades sedes crescem menos e as do entorno mais, porque a população consegue ter mais qualidade de vida. Avaliação O prefeito de Pedreira, Hamilton Bernardes (PSB), acredita que o crescimento projetado pelo IBGE, leva em conta o próprio perfil da cidade que, embora não tenha grandes empresas, concentra uma economia nas micros, pequenas e médias que, mesmo diante da crise, conseguem manter os empregos. Este ano, por exemplo, a cidade, segundo o Caged, fechou apenas 28 postos de trabalho. “Há também o fator qualidade de vida. Aqui você trabalha e consegue almoçar em casa. Os preços de terrenos são menores que nas cidades maiores, há problemas de segurança, mas bem menores que nas cidades médias e grandes. São fatores como esses que acabam atraindo mais moradores”, afirmou.

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