coronavírus

Penitenciária registra caso e isola 11 presos

De acordo com a SAP, o servidor infectado e os dois casos suspeitos atuam na mesma unidade em que estão os presos em isolamento

Alenita Ramirez
11/05/2020 às 10:51.
Atualizado em 29/03/2022 às 12:05

O Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Professor Ataliba Nogueira, no Complexo Campinas/Hortolândia, tem um agente penitenciário com Covid-19 e dois servidores afastados. A unidade também está com 11 presos em isolamento, suspeitos de contaminação por coronavírus, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). De acordo com a pasta, os presos realizaram o “teste rápido” que testou positivo para a doença, porém, ele não “especifica se foi reagente positivo para IGM ou para IGG”, o que, segundo a secretaria, impede a conclusão sobre o real estado do paciente. “Mas, ainda assim, de maneira preventiva, estão isolados do restante da população carcerária, em observação”, destacou a SAP. Apesar de não citar qual pavilhão são os presos, a reportagem conseguiu informações extraoficiais que se trata do F. De acordo com a SAP, o servidor infectado e os dois casos suspeitos atuam na mesma unidade em que estão os presos em isolamento. “Todo servidor com suspeita de diagnóstico da Covid-19 está devidamente afastado sob medidas de isolamento em sua residência, conforme orientações do Comitê de Contingência do coronavírus e a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) acompanha seu quadro clínico, fornecendo todo o suporte necessário para sua recuperação”, citou a pasta em nota. Nos casos suspeitos entre os presos, a SAP informou que o paciente é isolado e a Vigilância Epidemiológica local é contatada. Além disso, segundo a secretaria, os servidores em contato com o paciente usam mecanismos de proteção padrão, como máscaras e luvas descartáveis. “Se confirmado o diagnóstico, além de continuar seguindo os procedimentos indicados, o preso será mantido em isolamento na enfermaria durante todo o período de tratamento”, destacou. “A SAP está dando continuidade às medidas já adotadas como a ampliação na distribuição de produtos de higiene, álcool em gel e sabonete, além de distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)”, acrescentou. Em nota, um dos editores do Sindicato dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindespe), que não quis ser identificado, informou que “o vírus não vai pegar o avião de volta” e que a Covid-19 entrará nas unidades penitenciárias, seja por servidores contaminados e assintomáticos, os funcionários e sentenciados serão contaminados em massa. “Isso, não é uma conjectura, é uma certeza matemática. A pergunta é quando? Esperamos que quando o vírus entrar, já tenham remédios eficazes. Esperamos que tenha sido elaborado POPs (procedimento operacional padrão Covid 19). Não, não temos resposta do que fazer, mas fazer perguntas e perguntas são o primeiro passo para que seja elaborado respostas, sim, no plural, muitas respostas, muitos POPs. Não somos especialistas, mas somos servidores”, frisou.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por