Enfermeiros, técnicos em enfermagem, faxineiros e técnicos de exames pararam de trabalhar na manhã desta segunda-feira (9)
Funcionários do Hospital Ouro Verde reivindicam pagamento do FGTS, férias, salário de setembro, além dos pagamentos dos direitos trabalhistas de funcionários demitidosr (Patrícia Domingos/AAN)
Ao menos 200 funcionários do Hospital Ouro Verde, em Campinas, cruzaram os braços na manhã desta segunda-feira (9), em greve para reivindicar o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias, salário de setembro, além dos pagamentos dos direitos trabalhistas de funcionários demitidos. Pararam enfermeiros, técnicos em enfermagem, faxineiros e técnicos de exames. Segundo a delegada do Sinsaude, Márcia Limiro, a greve atinge 50% do quadro funcional da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Pronto Socorro, e 30% dos demais setores e só encerrará quando Organização Social Vitale, que administra o hospital municipal, pague todos salários e faça acordo sobre os demais. “Todos os setores estão sendo assistidos, mas a única diferença é que em alguns casos haverá uma demora no atendimento”, disse o diretor do sindicato Odair Pires. A greve aconteceria em todos os turnos. No total o hospital tem cerca de 1,5 mil trabalhadores. Eles afirmam que há um ano não é pago o INSS e o FGTS, apesar de a empresa fazer o recolhimento na folha de pagamento. Além disso, a organização faz jogo de empurra com a Prefeitura sobre a rescisão de ao menos 50 servidores que foram demitidos há pelo menos cinco meses. “Além de estar desempregado, o pessoal não recebe. É muito triste isso, pois as pessoas têm contas para pagar, tem compromissos”, falou a técnica em enfermagem identificada apenas por Maria Luíza. Além da concentração em frente ao hospital e do PS, os servidores também fizeram passeata até o terminal Ouro Verde. Em nota, a Vitale informou que pagaria 60% do quadro ainda nesta segunda-feira e o restante nesta terça (10). A empresa confirmou que o hospital está funcionando normalmente e que os colaboradores demitidos vão receber quando a prefeitura fizer o repasse. “A prefeitura precisa fazer o repasse específico para este pagamento, como foi admitido recentemente pela própria. Está atrasado desde as demissões, feitas pela gestão anterior do hospital”, frisou em nota.