Um total de 129 candidatos disputa a eleição; 25 declararam zero e outros 25 mais de R$ 1 mi
Um total de 129 candidatos disputa a eleição; 25 declararam zero e outros 25 mais de R$ 1 mir (Cedoc/RAC)
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que 25 candidatos da Região Metropolitana de Campinas (RMC) nessas eleições declararam não ter nenhum bem. Há também outros 25 candidatos que declararam possuir patrimônio superior a R$ 1 milhão, incluindo imóveis, aplicações financeiras, participação em empresas, joias, obras de arte. Nas duas pontas econômicas da disputa eleitoral, os que dizem não ter nada representam 19,3% dos candidatos e os milionários representam igual percentual dos postulantes de um cargo nessa eleição pela RMC. Na RMC, 129 estão na disputa. A soma do patrimônio de todos eles chega a R$ 125,3 milhões. Mas ainda há quatro concorrentes com o registro de candidatura indeferido pelo TSE. Eles recorreram. Enquanto não têm o recurso julgado, podem participar da campanha, inclusive do horário eleitoral gratuito e obter votos no dia da eleição. São eles: Gilson Carlos (Avante), de Americana, Anizio Tavares (DC), de Santa Bárbara d’Oeste, Gerson Bittencourt (PT), de Campinas, e Davi Bueno (SD), de Itatiba. Entre os que declararam patrimônio zero estão 10 candidatos à Assembleia Legislativa e 15 à Câmara Federal. No grupo dos milionários, 11 disputam uma vaga de deputado estadual e 14 à federal. O partido com maior número de candidatos sem bens é o Patriota, com três, seguido do PHS, PT, PROS, PSL, PPL com dois cada um. Já na lista dos milionários, a dianteira é do Novo, com quatro candidatos que declararam possuir bens superiores a R$ 1 milhão, seguido do MDB com três, e PV, PT e PSDB com dois candidatos em cada legenda. Perfis O candidato com maior patrimônio é o empresário de Campinas Alexis Fonteyne, que concorre a deputado federal pelo NOVO e disputa uma eleição pela primeira vez. Ele declarou ao TSE possuir bens que somam R$ 28,8 milhões. O candidato avalia, no entanto, que seu patrimônio não o coloca em situação de vantagem na disputa, em relação aos concorrentes. “Não estou usando o fundo partidário, e sou um dos que menos está utilizando recursos próprio na campanha. O que consegui até agora veio de doações de amigos e de vaquinhas”, afirmou. Fonteyne informou ao TSE ter recebido R$ 69,9 mil para a campanha, sendo que R$ 30,3 mil vieram de doações de pessoas físicas, R$ 9,6 mil de financiamento coletivo e R$ 30 mil de recursos próprios. “Quero ir para Brasília para ajudar o Brasil e não para me dar bem”, afirmou. O segundo candidato com maior poder econômico entre os que disputam um cargo pela RMC é o empresário Adriano Maçaira (PROS), que atua no ramo de transportes. Ele concorre a deputado federal e declarou ao TSE possuir bens no valor de R$ 13,7 milhões. O terceiro maior patrimônio declarado é do empresário e presidente da Liga de Basquete Feminino, Ricardo Molina Dias (PRB), de Americana. Ele concorre a deputado federal. O candidato a deputado federal pelo MDB, José Nunes Filho, declarou ao TSE possuir bens no valor de R$ 6,2 milhões. Nunes é empresário, com militância no setor industrial e está licenciado da direção regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) para concorrer nesta eleição. Sem recursos Candidatos, que declaram não possuir bens, afirmam que ficam em desvantagem na disputa por não poder utilizar recursos próprios para financiar material e contratar equipes. Caso do agente penitenciário João Rinaldo Machado (PRP), que atua no Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia. Por ser um partido pequeno, que recebeu poucos recursos, ele não está podendo contar com verbas do fundo partidário, afirmou. “Eu não tenho condições de colocar recursos próprios na campanha e não vou me endividar para tentar me eleger. Só há uma semana recebi material de campanha do partido e estou centrando a divulgação da minha candidatura nas redes sociais”, afirmou.