MEDO DA VIOLÊNCIA

Pasta monitora pichação de ameaças em três escolas de Campinas

Pichações com referências a massacres foram tratados como “trotes”, mas segurança foi reforçada

Isadora Stentzler
19/05/2022 às 11:26.
Atualizado em 19/05/2022 às 11:26
Ocorrência foi registrada na Escola Adalberto Nascimento: pichações foram feitas no banheiro e indicavam dia e hora de um possível massacre (Gustavo Tilio)

Ocorrência foi registrada na Escola Adalberto Nascimento: pichações foram feitas no banheiro e indicavam dia e hora de um possível massacre (Gustavo Tilio)

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo identificou ameaça de massacre contra duas escolas da rede, em Campinas. Segundo a pasta, pichações e páginas na internet assustaram estudantes e funcionários, mas investigações apontaram que casos se tratam de “trotes”. Uma terceira unidade, a Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado (Etecap), no Jardim Santa Mônica, também foi alvo de ameaças no início deste mês. Todos os casos foram reportados à Polícia e as unidades escolares tiveram a segurança reforçada. 

A última ocorrência foi registrada na Escola Estadual Adalberto Nascimento. Uma funcionária, que pediu para não ser identificada, disse que as pichações com ameaça contra a escola foram vistas na segunda-feira (16) e uma outra, com o mesmo teor, na terça-feira (17). Ambas foram feitas no banheiro e indicavam dia e hora de um possível massacre. 

“Eu tenho esse temor. Não dá para a gente brincar com isso. Acho mais provável, até do ponto de vista estatístico, que seja um blefe. Porém, não dá para desconsiderar. Eu estou com medo”, afirmou a funcionária à reportagem do Correio Popular. Segundo ela, alguns estudantes chegaram a falar que não iriam à escola devido à ameaça. 

Além das pichações, publicações em páginas na internet também reforçavam a ameaça. 

Outras escolas, com manifestações desse mesmo tipo de ameaça foram a Escola Estadual Dom Barreto e a Etecap. Na Etecap, o caso ocorreu no dia 9 de maio, quando uma pixação ameaçadora foi identificada pela direção. 

Segundo a assessoria do Centro Paula Souza (CPS), após a direção da Etecap tomar ciência das ameaças, foram adotadas medidas para garantir a segurança de alunos, professores e funcionários da unidade. Um boletim de ocorrência foi registrado e a Polícia Militar acionada para acompanhar os períodos de entrada e saída da escola. 

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo confirmou as ocorrências nas escolas estaduais e informou que também tomou providências junto aos órgãos de segurança, visando à proteção dos estudantes, professores e funcionários.
“Após registros de boletim de ocorrência e comunicação às autoridades de segurança pública, as pichações foram apagadas e a página com as ameaças saiu do ar”, informou. 

Ainda, de acordo com a Pasta, é realizado um trabalho em todas as comunidades escolares para a identificação de ameaças e que os casos registrados foram esclarecidos como “trotes” pelas autoridades policiais. “Dirigentes de ensino e autoridades policiais atuam em todas as regiões do Estado para conscientizar comunidades escolares e identificar qualquer tipo de ameaça, ainda que todos os casos recentes tenham sido esclarecidos como trotes. O Gabinete Integrado de Segurança e Proteção Escolar promove estudos permanentes sobre situações de violência nas regiões escolares, além de estratégias para conter ameaças e fomentar a cultura da paz”, menciona a nota. 

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP) informou que “monitoram a situação, estão em contato permanente com as demais instituições envolvidas e adotaram todas as medidas para garantir a segurança de alunos, familiares e trabalhadores da educação (...)”. 

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