A inspeção é a última etapa para o credenciamento no Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec)
Os cinco parques tecnológicos de Campinas serão inspecionados hoje por técnicos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia para avaliação de seus programas,projetos e atual estágio de funcionamento.A inspeção é a última etapa para o credenciamento no Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec), que vai habilitar as unidades a obter financiamentos, incentivos fiscais e recursos estaduais. Com isso, eles terão condições de atrair investimentos e gerar novas empresas intensivas em conhecimento ou de base tecnológica.Os parques de Campinas são os polos 1 e 2 da Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas (Ciatec), o Parque Científico da Universidade Estadual de Campinas, o Pólis ( instalado dentro do CPqD), o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI-Tec) e o TechnoPark.Atualmente, esses parques, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Campinas, Samuel Rossilho, estão pré-credenciados no sistema. A inspeção de hoje, segundo ele, irá resultar no credenciamento, porque todos atenderam as exigências feitas pelo Estado. A pressa na aprovação definitiva é para que as instituições de apoio e empresas de base tecnológica da área possam ter direito de utilizar créditos acumulados de Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) ou usar o imposto para pagamento de bens e mercadorias a serem utilizados na realização de investimentos e no pagamento de ICMS relativo à importação de bens destinados ao ativo imobilizado.“Estamos discutindo com o governo do Estado uma adequação da lei que permite usar os créditos do ICMS para investimentos nos parques, porque os procedimentos exigidos atualmente dificultam demais a utilização desses créditos”, disse.Rossilho informou que a Prefeitura está em busca de financiamento para instalar a sede da Ciatec e a incubadora de empresas, que hoje funcionam em um barracão no Jardim Santa Cândida, no Ciatec 2. A intenção é ampliar a capacidade de incubação das atuais 25 empresas para 50.Rossilho acredita que o custo para as construções deverá ficar em torno de R$ 15 milhões, valor que a Prefeitura pretende obter junto ao governo do Estado e a Financiadora de Projetos Especiais (Finep). “O credenciamento será mais um fator de atração de empresas para o polo. Até agora só tínhamos os incentivos municipais a oferecer. A partir do credenciamento, elas poderão contar também com os incentivos estaduais”, afirmou.ÁreasEm busca de áreas para ampliar a oferta de terrenos para a instalação de empresas de alta tecnologia em Campinas, a Prefeitura estuda a possibilidade de ampliar o Ciatec 2 da Rua Ricardo Benetton Martins até próximo ao pedágio da Rodovia Adhemar de Barros, o que praticamente dobraria a área atual do polo. Mas para isso será necessário alterar o zoneamento da região, atualmente rural, de forma que os proprietários possam vender as terras para uso industrial. Embora estude essa possibilidade, a Prefeitura ainda não descartou a possibilidade de conseguir uma gleba de 7 milhões de metros quadrados da 11 Brigada de Infantaria Leve, entre a Avenida Cônego Antônio Roccato (Estrada dos Amarais) e a Rodovia D. Pedro I.A Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas (Ciatec) pretende atrair para Campinas empresas dedicadas à área de defesa, aproveitando os investimentos federais previstos para o reaparelhamento das Forças Armadas e que implicarão em transferência de tecnologia, como é o caso da compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) e o desenvolvimento de tecnologia do submarino atômico. As negociações com o Exército continuam.