Com a reabertura dos parques públicos ontem, como o Bosque dos Jequitibás, muitas pessoas aproveitaram para curtir o dia em contato com a natureza (Rodrigo Zanotto)
A Prefeitura de Campinas reabriu ontem pela manhã os cinco parques fechados ao público no dia anterior devido ao acumulado de chuvas ao longo da semana. A medida foi adotada porque nas 72 horas anteriores o índice ficou abaixo de 80 milímetros em todas as regiões, segundo dados da Defesa Civil da cidade. O município está em estado de alerta até amanhã devido às condições climáticas que prevêem possibilidade de tempestades, ventos e alto volume de chuva, podendo chegar a 200 mm.
A decisão de abrir ou fechar os parques é avaliada a cada 24 horas, com base nas medições. Os parques reabertos ontem foram Lagoa do Taquaral, Bosque dos Jequitibás, Lago do Café, Bosque Chico Mendes e Bosque da Paz Yitzhak Rabin. De acordo com o decreto 23.661 de 21 de novembro de 2024, que dispõe sobre a Operação Chuvas de Verão, é estabelecido que os parques e bosques sejam fechados à visitação pública quando o acumulado de chuvas em 72 horas alcança os 80 milímetros.
Já as visitas monitoradas e as atividades externas autoguiadas na Mata Santa Genebra continuam suspensas até este sábado. A Fundação José Pedro de Oliveira, que administra a Mata, optou pela medida para prevenir e minimizar os riscos devido às chuvas intensas que atingiram a cidade. Hoje, será feita uma reavaliação técnica.
O fechamento de parques está sendo feito de maneira regionalizada desde 11 de dezembro de 2024. São utilizados os dados pluviométricos de cada localidade para determinar quais espaços devem ser fechados.
De acordo com a Secretaria de Serviços Públicos os parques públicos são áreas bem arborizadas e, por isso, a orientação é evitar a frequência de visitantes. Embora haja o manejo das árvores, ventos e solo encharcado podem causar a queda de árvores saudáveis, mesmo as saudáveis.
PREVISAO DO TEMPO
Para este fim de semana a previsão é que o tempo continue instável, com chuvas intensas e contínuas, de acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Universidade estadual de Campinas (Unicamp). As temperaturas médias previstas devem permanecer próximas aos 20?C, principalmente no início da manhã, e com a máxima atingindo 26?C.
"As condições atmosféricas atuais são propícias a condições de tempo adverso tais como chuvas intensas, descargas elétricas e ventos fortes que podem elevar os riscos de inundações, alagamentos, deslizamentos, quedas de árvores e outros transtornos à população. Importante seguir as recomendações dos órgãos competentes para evitar transtornos e danos causados por tais eventos", cita a previsão do tempo.
PIOR DIA
O pior dia da chuva esta semana, até ontem, foi a quarta-feira, dia 29, quando a cidade registrou 59,2 milímetros em penas duas horas. O índice foi registrado no Cepagri. Vários imóveis e pontos da cidade sofreram com alagamentos, mas não houve vítimas ou desabrigados. Os alagamentos aconteceram no Parque Taquaral, Jardim Eulina, Jardim Leonor e Novo Campos Elíseos, Chácara Primavera e Vila Costa e Silva.
Já entre os pontos de alagamento nas vias públicas da cidade estavam as avenidas Orosimbo Maia, Princesa D'Oeste, Avenida Anchieta, Terminal Mercado, Kartódromo, Benjamin Constant e a região do Curtume, como a Avenida Sylvio Moro e av. Dr. Carlos de Campos, na Vila Industrial.
É muito importante que a população adote medidas preventivas e não se arrisque a passar por áreas nas quais há riscos. A Defesa Civil recomenda atenção às áreas mais vulneráveis, porque pode haver riscos de deslizamentos, desabamentos, alagamentos, inundações e episódios relacionados a raios, vento forte e queda de granizo.
Os telefones para contato são 199, da Defesa Civil, para alagamento, inundações e quedas de árvores; 118, da Emdec, para emergências de trânsito; 193, dos Bombeiros, para situações de emergência; e 156, da Prefeitura, para solicitar vistoria para poda e/ou extração de árvores.
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