Pela Fé

Paróquia pede ajuda à comunidade

Matriz da Vila Pompeia, que completa 52 anos, precisa terminar reforma estrutural após um vazamento

Rafaela Dias
14/05/2018 às 07:46.
Atualizado em 28/04/2022 às 08:36
Padre Luiz Roberto Di Lascio no salão da Igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, que está em reforma (Thomaz Marostegan/AAN)

Padre Luiz Roberto Di Lascio no salão da Igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, que está em reforma (Thomaz Marostegan/AAN)

Três graves problemas atingiram a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, tradicional igreja de Campinas e que já completa 52 anos na Vila Pompeia. Por conta disso, a Paróquia precisa da ajuda da comunidade para terminar uma reforma estrutural, necessária após o afundamento do piso da matriz, consequência de um vazamento de água. Todos os recursos disponíveis foram usados para começar a obra e também para reformar duas outras comunidades que passaram por graves incidentes no ano passado: uma invasão e uma microexplosão - fenômeno climático, quando uma nuvem carregada de ar, água, granizo é acompanhada de ventos intensos que atingem até 120 km/h. Segundo o padre Luiz Roberto Di Lascio, quando o pavimento da Igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompeia foi removido para uma pequena reforma, tudo estava comprometido com um vazamento de água, inclusive os arquivos paroquiais. "Quando descobrimos o vazamento, a sala que ficava abaixo da secretaria estava toda comprometida. Tive que recolher todo o registro histórico. Retirei cada documento, limpei e deixei para secar ao sol para que a Igreja não perdesse parte da sua história", contou. Ainda segundo o pároco, que está à frente da comunidade deste 2013, foi necessário refazer ainda o contrapiso, serralheria e escadaria, além de partes elétricas e hidráulicas. "É um prédio antigo - impossível de fazer pequenos reparos -, portanto, tivemos que decidir por uma ampla reforma para poder atender aos fiéis e também para continuar com o forte trabalho social que fazemos", disse. A paróquia está aproveitando a obra para construir um mezanino que vai receber mais 80 pessoas por celebração. "Temos um público muito antigo da região e muitos idosos. Precisamos de estrutura e conforto para receber essas centenas de famílias tão queridas", justificou o padre, que este ano completa 34 anos de ordenamento sacerdotal. "Meu ordenamento aconteceu em 1984, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. Foi um acontecimento inédito na época", lembra. Missas no salão A paróquia abrange ainda outras duas comunidades e seis bairros. São 40 quilômetros de área e cerca de 30 mil pessoas. "Nos finais de semana chegamos a receber 1,2 mil pessoas na matriz. Enquanto a obra não termina, estamos realizando as missas no salão", explicou. De acordo com o pároco, para o término da obra ainda faltam R$ 28 mil. "Contamos com a ajuda da sociedade e de empresários que se comovem com a nossa história em Campinas. Todos os recursos que tínhamos foram usados para começar a obra e também para reformar duas outras comunidades que passaram por graves problemas nos anos anteriores" , contou. Invasão Uma delas foi a igreja da Comunidade Nossa Senhora de Nazaré, no Jardim do Lago, que foi invadida na madrugada de 16 de novembro do ano passado. Objetos foram furtados e o prejuízo total, entre os consertos na estrutura da igreja e a aquisição dos objetos somou R$ 12 mil. O alambrado que cerca o pátio da igreja foi cortado e o bandido arrebentou uma das paredes. Por essa passagem, a criminoso entrou na Capela do Santíssimo, onde fica o sacrário, compartimento que abriga a âmbula (recipiente onde ficam as hóstias consagradas). Para vasculhar as outras dependências, o bandido arrancou o sensor de presença fixado na parede, que aciona o alarme, arrebentou três portas e revirou armários à procura de outros objetos. Microexplosão Outra igreja que precisou de reforma foi a Comunidade Nossa Senhora Dos Pobres, no bairro Cidade Jardim. "Também tivemos, durante a ‘microexplosão’ que atingiu Campinas, o destelhamento da nossa outra comunidade. Todos esses imprevistos esgotaram os nossos recursos, não sobrando dinheiro para a reforma da matriz. Somos uma paróquia que enfrentou três problemas sérios e emergenciais", lembrou. "E todo esse trabalho precisa ser feito por profissionais, desde encanador até calceteiro", lembrou o padre. A obra já está na fase final, com a pintura e colocação dos vitrais das 11 janelas que estavam enferrujadas. "Não vemos a hora de terminar a reforma para poder atender com tranquilidade os idosos que recebemos nas nossa aulas de ginástica e artesanato. Além disso, fazemos um uso importante de plantas medicinais, além da distribuição de alimentos e roupas para as pessoas em situação de risco. O trabalho precisa continuar", defendeu. " . Segundo o padre Di Lascio, a comunidade pode ajudar, indo pessoalmente na secretaria da paróquia, que atende de terça à sábado, ou fazendo depósito em conta bancária. "Toda colaboração é bem-vinda", finalizou.

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