parque industrial

Parklet será espaço de convivência para alunos

A Prefeitura de Campinas inaugura no sábado um espaço de convivência para alunos, pais, estudantes e comunidade em frente da Escola Vicente Rao

Maria Teresa Costa
16/10/2019 às 07:37.
Atualizado em 30/03/2022 às 10:51

A Prefeitura de Campinas inaugura no sábado um espaço de convivência para alunos, pais, estudantes e comunidade em frente da Escola Municipal de Ensino Fundamental Vicente Rao, no Parque Industrial. Trata-se de um parklet, de 25 metros de extensão, que virá acompanhado da requalificação urbana da Rua João Batista Pupo de Moraes. Será a primeira rua de Campinas remodelada dentro do conceito conhecido como traffic calming — com interferências na via para tornar o trânsito no local mais seguro. O equipamento, segundo o presidente a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, funcionará como teste por dois meses para avaliar a aceitação e os resultados. Se der certo, a intenção é replicar o projeto, que está sendo chamado de Trânsito Feliz, em outras escolas. Segundo ele, a intenção é implantar o projeto em 20 ou 30 escolas em 2020. Esse parklet, disse, será espaço para as crianças brincarem, fazerem estudos e haverá, inclusive, uma horta comunitária. Ele ocupará área hoje utilizado para estacionamento de veículos e tomará praticamente toda a frente da escola. O equipamento será feito com material reciclado, com a característica de ser removível. A rua também sofrerá outras intervenções para reduzir a velocidade no trânsito, sem causar impactos. Ali será implantado o conceito do traffic calming que visa tranquilizar o trânsito. A via será estreitada na esquina da escola e a calçada ampliada, para que os veículos sejam obrigados a reduzir a velocidade, para a segurança da travessia de pedestres. O local receberá paisagismo. “A proposta é que o trânsito tenha uma convivência mais pacífica com a escola, para ampliar a segurança de quem passa por ali. A implantação do traffic calming, um conjunto de medidas para moderação do tráfego motorizado, é uma alternativa para que as ruas sirvam a todos, pois cria espaços de circulação seguros para os modos não motorizados”, disse. O objetivo é reduzir o número e a severidade dos acidentes, mas a redução da velocidade máxima também diminui os ruídos e a emissão de poluentes no ar. Em geral, os traffic calming incluem medidas que podem ser projetadas para a redução da velocidade dos veículos e para criar um ambiente que induza a um modo prudente de dirigir. A implantação destas intervenções tem como propósito a recuperação das funções primárias das vias, reduzindo a supremacia do automóvel e promovendo a humanização de ruas e calçadas, através do controle das velocidades e dos volumes excessivos de tráfego. No Brasil, as cidades de Curitiba, Rio de Janeiro, Recife, São Paulo e Belo Horizonte programaram a redução a velocidade em trechos estratégicos, outras cidades no País utilizam a estratégia em áreas críticas, como em regiões de escolas e centros comerciais, porém, a técnica é aplicada pontualmente, em caráter experimental, e a falta de conscientização da população causa insegurança para pedestres e ciclistas. Em Belo Horizonte, o primeiro projeto foi implantado em 1979, em São Paulo em 1989. Em Campinas será a primeira experiência a ser implantada pela Administração Pública. Barreiro disse que a Emdec já vem recomendando o traffic calming em alguns condomínios. Projeto aguarda autorização da Setec Um parklet, que funcionará como ponto de encontro de amantes da leitura e que terá como atração principal uma biblioteca comunitária de acesso gratuito, está previsto para ser inaugurado em um mês, em frente do Colégio Culto à Ciência, no Botafogo, mas a data está na dependência da aprovação do projeto pela Serviços Técnicos Gerais (Setec). O equipamento é patrocinado pela Caedu Modas, rede de lojas varejistas, que patrocinou projeto semelhante em Sorocaba, em frente à universidade Esamc, inaugurado no ano passado. O projeto, proposto pela Numen Produtora, foi aprovado no ano passado no Programa de Ação Cultural (Proac), o Proac-ICMS, modalidade de fomento do governo do Estado, que funciona por meio de patrocínios incentivados e renúncia fiscal em que empresas patrocinadoras recebem descontos no ICMS devido. Segundo a arquiteta Denise Pilla Assumpção, da Maloca Querida, empresa de arquitetura do Rio de Janeiro e uma das idealizadoras do projeto, o parklet terá 10 metros de extensão e 1,8 metro de largura e oferecerá biblioteca comunitária, bicicletário, tomadas alimentadas por energia solar, bancos e mesas típicos de praça para uso do público e funcionará 24 horas diariamente. Haverá também jardineiras com plantas. “A ideia é que seja um espaço de convivência, de leitura, onde as pessoas possam se utilizar da biblioteca, fazer troca de livros, ler no parklet ou levar os livros para casa”, afirmou. Haverá uma parceria com o Colégio Culto à Ciência, que se encarregará da manutenção da limpeza do local e do cuidado com as plantas. Os recursos aprovados no Proac serão utilizados na instalação da infraestrutura e na aquisição de um acervo de livros. A ideia, no entanto, é que os usuários levem livros para compartilhar com outras pessoas, para ampliar e diversificar esse acervo inicial.

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