AMERICANA

Parceria viabiliza parque urbano

Empresas financiam revitalização de gleba pública, que ocupa 240 mil metros quadrados

Rogério Verzignasse
rogerio.verzignasse@rac.com.br
07/06/2018 às 09:12.
Atualizado em 28/04/2022 às 11:57

Vista geral do novo parque localizado entre os bairros Dona Judith e Vila Dainese; expectativa dos responsáveis é que os equipamentos estejam disponíveis à população em oito meses (Divulgação)

Em tempos de crise econômica e caixas vazios, a Prefeitura de Americana conseguiu o apoio de empresários da cidade para transformar uma antiga gleba verde, encravada na zona urbana, em um novo parque público. A nova área de lazer — localizada entre os bairros Dona Judith e Vila Dainese — tem cerca de 240 mil metros quadrados. O trecho começa no final da Avenida Raphael Vitta (próximo ao acesso ao estádio do Rio Branco) e se esparrama até as imediações da Fatec. De acordo com técnicos da própria Secretaria de Meio Ambiente, o espaço vai ganhar uma trilha para caminhada, brinquedos, painéis educativos e bancos de madeiras. Todas os equipamentos serão feitos com materiais reciclados ou madeira. O visual rústico, aliás, é essencial no projeto que busca, essencialmente, resgatar uma paisagem que, nos últimos anos, vem sendo ameaçada por queimadas, descarte clandestino de lixo e ocupação ilegal. O objetivo mais importante, segundo admitem os próprios idealizadores, é salvar o Córrego Pilles, que nasce dentro da gleba e corre entre as duas pistas da Raphael Vitta, até desaguar no Ribeirão Quilombo. Com a destruição da mata ciliar, pontos do riacho ficam assoreados e poluídos. Nas últimas semanas, engenheiros e ambientalistas circulavam por toda a gleba. Eles planejavam as intervenções e definiam os locais que vão precisar de serviços mais complexos, como a movimentação de terras para recuperação de trechos que sofreram erosão. Não existe prevenção sobre quanto vai custar o novo parque. Sabe-se, apenas, que a municipalidade não vai gastar um centavo sequer. Reciclagem Bancos e gangorras, por exemplo, serão feitos com madeira doada, à Prefeitura, por um uma gigantesca fábrica de papel e celulose da microrregião. A empresa detém plantações gigantescas de eucalipto (matéria prima da linha de produção), e aceitou contribuir com a exceção do projeto. O parquinho com brinquedos de madeira será semelhante, por exemplo, ao que já existe na conhecida Praça Tio Gaga, no Jardim Glória, elegante bairro da cidade, onde todas as peças, partes acessórios são feitos de materiais reaproveitados ou sobras. A trilha prevista — com dois quilômetros de extensão — também será feita, mata adentro, com placas reaproveitadas de madeira. E as parcerias não param por aí. Uma empresa de engenharia ambiental se encarrega do mapeamento completo da gleba, para a identificação de espécies nativas remanescentes da fauna e flora. Estuda-se a possibilidade de disponibilizar placas informativas na trilha, que incentivem a contemplação. A segurança dos usuários será garantida pela instalação de câmeras de monitoramento com giro de 360 graus. A expectativa da Prefeitura e das empresas envolvidas no projeto é que em oito meses ocorram as intervenções estruturais. O projeto entusiasma o secretário municipal Odair Dias, responsável pela pasta do Meio Ambiente. “A ideia é criar um parque que possa ser usado por toda a população, mas principalmente pela garotada das escolas públicas. Desde cedo, queremos envolver as crianças nos cuidados com a natureza”, diz. E, para atrair desde já a atenção da garotada, já existe nas escolas públicas um concurso para a escolha de um macote.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por