INFRAESTRUTURA

Parceria tem R$ 700 mi em recursos

Plano propõe instalação de três usinas, compostagem e até produção de energia em Campinas

Rogério Verzignasse
02/08/2018 às 08:10.
Atualizado em 23/04/2022 às 05:54
Acima, a importância da educação ambiental para gerar futuros adultos conscientes da necessidade de cuidar do destino adequado dos resíduos (Banco de imagens)

Acima, a importância da educação ambiental para gerar futuros adultos conscientes da necessidade de cuidar do destino adequado dos resíduos (Banco de imagens)

Uma parceria da Prefeitura com empresas privadas prevê a implantação - em 5 anos - de uma política definitiva para a gestão dos resíduos urbanos. A parceria Público-Privada (PPP) envolve investimentos da ordem de R$ 700 milhões para a instalação de uma infraestrutura eficiente de serviços para a destinação adequada do lixo. O plano, já aprovado, determina a instalação de três usinas para tratamento e reúso dos materiais. Campinas gasta R$ 150 milhões a cada ano para coletar e enviar o lixo para o aterro particular da Estre, em Paulínia. Com o novo plano, a empresa a ser contratada em concurso público vai assumir o compromisso de fazer a coleta, reciclagem, compostagem e até a produção de energia a partir dos rejeitos. A definição da nova política municipal para o setor começou há um ano e meio quando, seguindo as determinações legais para a concessão. A Prefeitura elaborou o chamado Plano de Manifestação de Interessa (PMI), convocando os interessados a apresentar projetos técnicos para o setor. Uma única empresa, A Camp Ambiental - formada por empresas atuantes no segmento - realizou uma lista com os procedimentos necessários e os custos, em estudo que durou oito meses. Antes de abrir a licitação pública e contratar a prestadora de serviços, a Prefeitura cumpre outra determinação legal, marcando para o dia 27 de agosto uma audiência pública para exposição dos termos e o recebimento de colaborações, que são sugestões ao modelo de gestão. A convocação para a reunião pública foi publicada no Diário Oficial do Município nesta segunda, dia 23 de julho. O secretário municipal de Serviços Públicos, Ernesto Dimas Paulella, explica que o contrato prevê a concessão dos serviços no setor por 30 anos. No caso de outro consórcio sair vencedor do certame público, a Camp Ambiental vai receber do vencedor os recursos gastos para a execução dos seis meses de estudos (algo em torno de R$ 1,8 milhão). Primeiro, toda a coleta do lixo será mecanizada em Campinas. Contêineres espalhados em cada quadra vão receber os rejeitos levados por cada morador. Vai acabar o cenário dos sacos de lixo depositados em suportes metálicos, na frente de cada casa. O novo sistema também permitirá a triagem mecânica dos resíduos, aprimorando a separação do que é reciclável, para posterior envio às cooperativas. O plano define os procedimentos das três usinas, que devem ser instaladas pela empresa contratada até o ano de 2023. Os equipamentos vão funcionar na gleba do aterro Delta A, no Satélite Íris.

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