Grupo RAC e Sanasa abrem esse mês a 12ª edição do projeto que valoriza ações sustentáveis
Recursos hídricos estão entre os temas de maior relevância para a definição de políticas públicas de preservação: gestão integrada é maior desafio (iStock)
Incentivando as boas práticas em educação ambiental, trabalhos comunitários e iniciativas corporativas no âmbito público, privado e no terceiro setor, que visem reduzir a degradação do planeta em que vivemos, o projeto Responsabilidade Ambiental — parceria entre o Grupo RAC e a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) de Campinas — alcança a sua 12ª edição em 2018. A parceria renova o compromisso firmado pelas entidades de enaltecer condutas de sustentabilidade, valorizando iniciativas que defendam o patrimônio ambiental. Este ano, o slogan “Seja sustentável: contribua hoje e preserve o amanhã”, remete à reflexão desejada. Coincidentemente, a série de reportagens que darão visibilidade às ações ambientais começa a ser publicada num mês dedicado a três temas de grande alcance social e de preservação — Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida; Dia Mundial da Saúde e Dia Mundial da Conservação do Solo e do Planeta Terra. Concorrem ao prêmio RAC-Sanasa ações na área ambiental da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e também projetos de municípios próximos, como Jundiaí, por exemplo. A matéria introdutória desta temporada será publicada na próxima quinta, prosseguindo até o dia 8 de novembro. Ao todo, serão divulgadas e avaliadas 31 ações. O comitê julgador vai definir os vencedores das categorias Público-Privado e Terceiro Setor. Entre os critérios considerados estão o impacto provocado na área ou região, tanto quanto a contribuição para o desenvolvimento sustentável. Para tal, a análise do júri deve ponderar ainda os cinco pilares da sustentabilidade: ambiental, cultural, econômico, político e social. A premiação está programada para 6 de dezembro no Auditório Capivari, na sede da Sanasa. Em 2017, os trabalhos do Colégio Culto à Ciência, da Prefeitura de Vinhedo e da ETEC Conselheiro Antonio Prado (Etecap) foram os destaques na categoria Público-Privado. Já no Terceiro Setor, as honrarias ficaram para a Central de Abastecimento de Campinas (Ceasa), Cooperativa Aliança e Fundação Banco do Brasil e Reciclanip e ISA (Instituto Socioambiental). Ao longo de mais de uma década, já foram divulgadas mais de 250 ações, contudo, a repercussão é imensurável, tendo em vista o número de pessoas e instituições envolvidas, além das gerações futuras, que vão colher os frutos das ideias e intervenções executadas no período. Presidentes Para o diretor presidente do Grupo RAC, Sylvino de Godoy Neto, o projeto viabiliza a difusão de informações valiosas para a opinião publica, de forma a semear cada vez mais os conceitos de sustentabilidade. Segundo ele, conscientizar a população é a grande contribuição do projeto. “Estamos na 12ª edição. Há mais de 10 anos estamos noticiando boas condutas de uma temática extremamente vital para o mundo e para a RMC”, enfatizou. Godoy Neto reitera que as boas práticas da sustentabilidade precisam ser multiplicadas. Segundo ele, os jovens têm grande papel neste processo por conta da vocação protagonista das novas gerações. Arly de Lara Romêo, diretor-presidente da Sanasa, afirma que promover a sustentabilidade e torná-la intrínseca ao nosso cotidiano é de fundamental importância para garantir que, não só a geração atual, mas também as futuras encontrem o planeta em boas condições de vida. “Para a Sanasa, uma empresa que cuida de um bem finito na sociedade, a água, esta parceria ambiental é uma forma de sensibilizar a população a zelar e cuidar dos recursos naturais”, completa. O gestor diz ainda que a empresa avançou significantemente nos últimos anos na área do saneamento. “A universalização do setor, com coleta e tratamento de 100% do esgoto e abastecimento de 100% da cidade com água potável é um exemplo. Hoje, 95% das residências de Campinas têm coleta e afastamento de esgoto, índice que se compara às cidades mais desenvolvidas do mundo. Além disso, o índice de perdas de água na distribuição é da ordem de 19,2%, um número bem abaixo da média nacional: 40%”, destaca. Romêo esclarece que a preocupação da companhia com a boa gestão dos recursos hídricos tem resultado em um investimento em reservatórios de água potável, além dos de água bruta. “São medidas que oferecerão uma segurança hídrica para a cidade de Campinas”, explica. Secretário O secretário municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Campinas, Rogério Menezes relembra que a atenção para o tema ambiental começou a ganhar força no Brasil em 1988, ano em que o tema foi inserido na Constituição Federal pela primeira vez, ganhando um capítulo específico. Isto, em decorrência da grande preocupação com o planeta, provocada pelas alterações promovidas pelo homem na natureza, tanto quanto pela resposta recebida. Sobre o projeto RAC-Sanasa, Menezes entende configurar-se uma iniciativa da “maior importância, por tratar de questões ambientais, que não são resolvidas em um curto prazo”. Para o secretário, “o reconhecimento destas boas práticas, geralmente, demoram. Ao chamar a atenção para isto, consequentemente gera um incentivo para a sociedade como um todo, resultando em novas ações”.