esgoto

Parceria ampliará o tratamento

A Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) protocola hoje na Caixa Econômica Federal (CEF) pedido de financiamento

Maria Teresa Costa
19/03/2019 às 07:49.
Atualizado em 04/04/2022 às 22:26

A Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) protocola hoje na Caixa Econômica Federal (CEF) pedido de financiamento, com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), de R$ 130 milhões, para ampliar e modernizar a Estação de Tratamento de Esgoto Capuava, em Valinhos. Convênio entre Campinas e Valinhos foi assinado ontem e permitirá, em dois anos, que 400 litros por segundo (l/s) de esgoto das duas cidades tenha tratamento terciário, despejando no Rio Atibaia água de melhor qualidade. A Sanasa espera ter, em 150 dias, o financiamento liberado. Caixa tem 90 dias para analisar o projeto e dar o aval para o financiamento, que dependerá ainda da aprovação do Ministério da Infraestrutura, segundo o presidente da empresa, Arly de Lara Romêo. “É um marco na história das duas cidades”, disse o prefeito de Valinhos, Orestes Previtale (PSB). Segundo ele, a nova estação dará completividade a Valinhos, porque uma das primeiras exigências de empresas para se instalarem na cidade é o tratamento de esgoto. “Teremos também água de reúso para oferecer às indústrias e mudaremos a qualidade da água do Ribeirão Pinheiro”, disse. Esse ribeirão deságua no Rio Atibaia, próximo do local onde a Sanasa capta água para abastecer 95% da população de Campinas. Campinas optou pelo investimento em Valinhos, disse o prefeito Jonas Donizette (PSB), dentro do sistema ganha-ganha. “Nós precisávamos modernizar a Estação Samambaia e Valinhos, a Capuava. Ganhamos porque a qualidade da água que chegará ao Atibaia terá melhor qualidade e Valinhos, porque precisava melhorar sua estação, mas não tinha como fazer o investimento”, afirmou. Jonas disse que ambientalmente foi a melhor alternativa, porque a Capuava terá tratamento por membrana, e devolverá água limpa ao rio, o que reduzirá os custos de tratamento da água do Rio Atibaia. Valinhos ganha, porque terá um investimento na estação, que está sendo cobrado pela Cetesb, e vai eliminar o mau cheiro no córrego, que gera muitas reclamações. Com o investimento, todo o esgoto da bacia que vai para a ETE Samambaia terá um interceptor para levar até Valinhos. O presidente da Sanasa explicou que a solução inversa, ou seja, investir na Samambaia e levar para lá o esgoto de Valinhos, não foi adotada porque o custo seria maior, uma vez que haveria necessidade de bombeamento do esgoto. Desde o ano passado, o Ministério Público vem costurando um acordo que envolveu a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), as duas cidades e os Comitês das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). É a segunda vez que Campinas e Valinhos fecham negócio para tratamento de esgoto na estação Capuava. A primeira vez foi em 2004, quando a Sanasa investiu R$ 5,4 milhões (em valores da época), para ajudar Valinhos a concluir a construção da estação. A obra fez parte de um convênio acertado entre a Sanasa e a Agência Nacional de Águas (ANA) para obras de tratamento de esgoto e tornou-se um marco no País, pois foi a primeira vez que duas cidades (Campinas e Valinhos) se uniram em um convênio de cooperação e que permitiu interromper o desejo de esgoto sem tratamento no Ribeirão Pinheiros, que nasce em Vinhedo, corta Valinhos e desemboca no Rio Atibaia.

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