POR MELHORES SALÁRIOS

Paralisação dos aeronautas entra hoje no terceiro dia

Em Viracopos, cinco voos teriam decolado com atraso, mas a concessionária do aeroporto nega que isso tenha ocorrido

Da Redação
21/12/2022 às 09:19.
Atualizado em 21/12/2022 às 09:19
Passageiros fazem check-in em Viracopos: Justiça determina que 90% da categoria esteja em atividade (Kamá Ribeiro)

Passageiros fazem check-in em Viracopos: Justiça determina que 90% da categoria esteja em atividade (Kamá Ribeiro)

Os trabalhadores das empresas aéreas brasileiras entram hoje em seu terceiro dia de greve. De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), as companhias não aceitaram as reivindicações da categoria e por isso o movimento será mantido por tempo indeterminado. Os grevistas reivindicam melhores salários e também pedem que as empresas aéreas respeitem os horários de descanso de pilotos e comissários. Por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a greve pode atingir somente 10% dos funcionários do setor.

Na terça-feira (20), foram registrados, de acordo com usuários, foram registrados atrasos em cinco voos no Aeroporto Internacional de Viracopos. A concessionária que administra o terminal de Campinas, entretanto, informou que nenhum voo teve atraso. Em Campinas, a manifestação da categoria ocorreu de forma pacífica. No primeiro dia de greve, foi registrado um voo com decolagem atrasada que tinha partida de Viracopos para o Aeroporto de Brasília (DF). O voo da empresa Gol que decolaria às 6h10, partiu somente às 8h10.

De acordo com o presidente do SNA, Henrique Hacklaender, a greve continuará até que as empresas aéreas acatem as reivindicações dos trabalhadores. "Os tripulantes têm um pedido justo e razoável: aumento salarial e valorização de seus descansos, de seus repousos, de suas folgas. Algo que é bastante compreensível por toda a sociedade. Vamos continuar até que haja uma solução", disse Hacklaender, que assegurou que o movimento está ocorrendo dentro da legalidade, ou seja, não está afetando a operação total do aeroporto.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) declarou, por meio de nota, que as companhias trabalham para minimizar os impactos das paralisações para os passageiros. A entidade diz que foi apresentada uma proposta de negociação pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que foi aceita pelas empresas, mas rejeitada pelos tripulantes. Por determinação do TST, a categoria deverá manter 90% dos trabalhadores operando os aviões no período de greve. A multa pelo descumprimento da ordem é de R$200 mil por dia.

Na paralisação da categoria estão incluídos pilotos, copilotos, comissários de bordo, mecânicos, navegadores e radioperadores.

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