Bar no Guará onde o professor foi assassinado: autor do crime, que foi preso, disse que vítima, após matar irmão, continuava a ameaçar a família (Leandro Torres/AAN)
O professor Odair Aparecido Oleo, de 52 anos, foi degolado enquanto estava em um bar no bairro Guará, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas, na tarde de sábado. O autor do crime, Alfredo Pedroso Neto, um borracheiro de 54 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM), cerca de 3km do crime e alegou vingança, já que em maio de 2014, Oleo matou seu irmão José Pedroso, um mecânico de 45 anos na época. Em poder de Oleo, foi apreendida uma carteira de delegado ambiental. O professor foi enterrado na tarde de domingo no Cemitério Parque Nossa Senhora da Conceição. O autor do crime foi encaminhado para a cadeia anexa ao 2º Distrito Policial (DP). Um facão foi apreendido. O crime foi por volta das 14h30 em um bar no Guará, um dos locais que o professor costumava frequentar. Testemunhas relataram para a polícia que Oleo estava sentado sozinho em uma mesa quando Pedroso Neto desceu de um Del Rey, com uma das mãos para trás e seguiu em direção da vítima pela frente. O mesmo relato foi feito pelo borracheiro à Polícia Civil. Com riquezas de detalhes, ele disse que quando deu o primeiro golpe no pescoço, a vítima segurou a faca para se defender, mas ele puxou a faca e aplicou outros golpes até matar a vítima. Após degolar o professor, o borracheiro saiu com seu carro, mas no caminho perdeu a direção e bateu contra o muro de uma casa. Ele saiu caminhando no sentido da base Guarda Municipal (GM), momento que foi localizado pela PM. Pedroso Neto disse que ia se entregar na base da guarda. Em depoimentos à polícia, o borracheiro contou que desde a morte do irmão, ficou remoendo o crime. Na época, o professor alegou legítima defesa e se entregou logo após o homicídio. Ele ficou preso por um mês e depois passou a responder o crime em liberdade. Ainda de acordo com o depoimento de Pedroso Neto, Oleo tinha por hábito andar armado e constantemente fazia ameaças à família do borracheiro. “Hoje (sábado) acordou pensativo e decidido a resolver o assunto, caso tivesse oportunidade. Pegou o carro e foi em um dos bares onde Odair frequentava”, relatou o escrivão no boletim de ocorrência registrado no 4º Distrito Policial (DP). “Disse que estava triste com o ocorrido e ao mesmo tempo aliviado por ter vingado o irmão e que quer pagar pelo que fez”, acrescentou o escrivão. Em 2014, Oleo alegou para a polícia que era perseguido pelo mecânico José Pedroso, e que o matou em legítima defesa. Na época, ele se apresentou como funcionário público, e na casa dele, foram apreendidos colete profissional com emblema do Instituto do Meio Ambiente, uma garrucha Rossi calibre 22, 57 cartuchos, revólver calibre 38 com um cartucho deflagrado e cinco intactos, revólver calibre 22, 19 cartuchos calibre 38, dois cartuchos calibre 32 e 31 cartuchos 6.35. A polícia não confirmou se a carteirinha de delegado era verdadeira. No site do Cepama, há instruções de como uma pessoa consegue a carteira de voluntário. Para ser delegado ambiental e ter o documento é necessário pagar uma taxa de R$ 320. (/Da Agência Anhanguera)