Advogado defende esse caminho como forma de reparar a escravidão
Ademir José da Silva, presidente da Comissão da Verdade pela Escravidão (Rodrigo Zanotto)
Antes da promulgação da lei que assegurou cotas para estudantes negros em 2010, Ademir José da Silva já havia conduzido uma pesquisa abordando o tema, fornecendo uma argumentação jurídica e constitucional em prol da medida. Era ano de 2008, e nesse ponto, ele já encontrara um referencial na luta pela comunidade negra, que se tornou alicerçador de seu trabalho. Para Ademir, a defesa de políticas afirmativas para a população negra representa um dos caminhos essenciais para atenuar os impactos decorrentes dos 400 anos de escravidão enfrentados por essa população.
Com uma sólida formação, Ademir atualmente faz parte da Comissão da Verdade pela Escravidão e é advogado da OAB Campinas. Às vésperas de mais um 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, ele afirma: "A Consciência Negra não pertence apenas aos negros, mas à sociedade brasileira como um todo."
Nesta entrevista, realizada a convite do presidente-executivo do Correio Popular, Ítalo Hamilton Barioni, Ademir reflete sobre o racismo estrutural, compartilha experiências em que foi vítima dele e deposita suas esperanças em um futuro mais inclusivo por meio do engajamento na luta antirracista. Orientado pela questão "Como posso combater o racismo hoje?", ele destaca os pequenos avanços observados no país e no município em relação à violência contra a população negra, destacando como ações coletivas e iniciativas educacionais podem relegar o racismo ao lixo da história.
Qual é a sua cidade natal?
Sou natural de Paranaíba, Mato Grosso do Sul, tendo nascido na Fazenda Cachoeira, localizada no município de Paranaíba. Meus pais eram oriundos de Minas Gerais, especificamente da região do Triângulo Mineiro, assim como meus avós. Meu avô, um habilidoso artífice, dedicava-se à construção de carroças, casas e até mesmo a produção de caixões. Admirava profundamente seu trabalho, especialmente por sua habilidade em abater porcos de forma humanitária. Meu avô desempenhava também o papel de carreiro, viajando até o interior de São Paulo para buscar sal, uma jornada que consumia cerca de 40 a 50 dias entre ida e volta. Esse sal era destinado à alimentação do gado e das famílias locais. Na época, não possuíamos propriedade, éramos arrendatários, tendo que alugar terras para o cultivo de cana-de-açúcar. Lembro-me vividamente do engenho de cana-de-açúcar datado de 1902, que se tornou o ponto de convergência das famílias na ausência de propriedade própria. No entanto, a falta de propriedade implicava em desafios, pois éramos obrigados a arrendar terras para plantar cana. Na ausência do Código da Criança e do Adolescente, as crianças eram inseridas precocemente no trabalho. Aos quatro ou cinco anos, já contribuíamos para as atividades na fazenda. Aos sete anos, meu pai nos colocava sobre cavalos para levar leite à cidade, revelando sua audácia ao superar as adversidades. Como o primogênito entre oito irmãos biológicos e dois adotivos, totalizando uma família de dez filhos, a educação formal era um desafio. Inicialmente, meu pai contratou um professor particular para nós, e posteriormente, estabeleceu uma sala de aula em nossa casa para atender cerca de 20 crianças da comunidade. Contudo, essa escola não seguia a formalidade educacional padrão. A falta de uma escola na fazenda levou-me, aos 13 anos, a ingressar em uma escola de semi-internato dos padres chamada Patronato de Menores São José. Nessa instituição, destinada principalmente aos filhos de fazendeiros, eu e outros três éramos os externos, podendo estudar na escola e retornar para casa. Essa experiência foi marcada por peculiaridades, pois na época, a sociedade tinha em Pelé um ícone a ser seguido, e minha falta de interesse no futebol desapontava o padre. Apesar das expectativas, o padre Bernardo Moreira compreendeu minha posição, inclusive em relação à minha religião, dispensando-me das aulas de religião e concedendo-me nota máxima. Esse episódio exemplifica a importância da tolerância religiosa, e guardo com carinho essa atitude, que contribuiu para a semente da busca pela tolerância religiosa que defendo hoje. Avançando nos estudos, fui promovido para o terceiro ano antes mesmo de completar o segundo, graças à minha dedicação. Posteriormente, ao concluir o ginásio, percebi que eu era o único estudante negro em minha turma. Essa tendência persistiu até minha formatura em Direito na PUC, onde, mais uma vez, destaquei-me como o único negro na cerimônia.
Durante esse período, o senhor já possuía consciência das questões raciais que defende atualmente, ou essa consciência se desenvolveu nessa época?
Eu possuía essa consciência, embora fosse mais uma percepção do que um entendimento pleno. Notava, por exemplo, que toda cidade geralmente dispõe de um Rotary Club, um tênis clube e um clube local, como um clube atlético, certo? O nosso equivalia ao Clube Atlético Paranaibense. Durante os períodos de carnaval, recordo-me de nossa vontade, típica de crianças, de participar dessas atividades, porém, não éramos capazes de fazê-lo.
Qual era a razão pela qual não permitiam?
Não éramos admitidos. Mas eu não percebia isso plenamente. Sempre havia informações contraditórias. Para namorar as meninas, também havia requisitos específicos. Eu percebia que me encaixava nesses requisitos, mas havia um "senão" que eu não compreendia totalmente. Ao concluir o ginásio, planejava cursar Medicina. Estava indeciso entre ir para Londrina, onde alguns amigos estudariam, e Campinas, onde dois colegas tinham planos de estudar. Um deles tinha uma tia, a senhora Lucia Melo, que o ajudou a estudar aqui. O outro era o Hélio. Foi assim que viemos nós dois. Em 1971, chegamos a Campinas. Nesse período, eu já havia aprendido o ofício de alfaiate e trabalhava como calceiro, confeccionando calças. Comecei a trabalhar como alfaiate em Campinas. Lembro-me de que Dandão, também conhecido como Antônio João, estudava no Culto à Ciência. Eu e Hélio optamos pelo Aníbal de Freitas, que ficava na Doutor Quirino na época. Morávamos próximo ao Edifício Milão, na Orozimbo Maia. O primeiro episódio de discriminação ocorreu quando fui entrar no edifício, e o porteiro insistiu que eu utilizasse o elevador de serviço. Recusei. Ele já me rotulou pela aparência. Outro episódio ocorreu quando quis me associar a um clube. Morando em uma república na Regente Feijó, número 795, esquina com Moraes Sales, havia vendedores de títulos em frente ao correio. Passei em um teste para uma empresa multinacional em Sumaré e, no primeiro salário, quis comprar um título de clube. Ao tentar adquirir, informaram que não havia títulos disponíveis. A contradição me intrigou. O gerente, percebendo minha frustração, ofereceu-me seu próprio título, e assim tornei-me sócio. Contudo, ao enviar a documentação para formalizar a associação, atrasos inexplicáveis ocorreram. Ao questionar, disseram que não passei na comissão de sindicância, sem explicar os critérios. Sugestionaram que, se eu conhecesse um diretor, ele poderia fazer a indicação para a associação. Conhecia o diretor e, ao procurá-lo, ele ficou perplexo com a situação. Essa questão persistiu por cerca de três meses, até que me encontrei em uma encruzilhada: pagar para ver ou buscar outro lugar onde me sentisse mais confortável. Percebi que não seria possível no atual contexto e descobri um clube na Vila Industrial chamado Clube Cultural Recreativo Campinas, conhecido como Machadinho. Fui lá e, desde o início, integrei o grupo de jovens, criando o Grupo Cultural de Jovens. Entre 1971 e 1979, candidatei-me a presidente do clube, obtive o apoio da Velha Guarda e fui eleito presidente aos 27 anos. Conheci minha esposa lá, embora só tenhamos começado a namorar posteriormente.
Durante a formatura em Direito na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Ademir José da Silva percebeu que era o único negro da turma (Arquivo Pessoal)
Como o Direito entrou em sua vida? Foi uma mudança de rumo, saindo do sonho da Medicina para ingressar em outra área?
A entrada na Faculdade de Medicina foi logo uma realidade. Assim que cheguei em Campinas e comecei a estudar, percebi que Medicina exigia dedicação total e recursos financeiros, pois a concorrência era acirrada em virtude do número limitado de faculdades, tanto para Medicina quanto para Direito. Prestei dois vestibulares para Medicina, sem sucesso, e optei por cursar Eletrotécnica no Colégio Técnico da Unicamp. Essa escolha ajudou meu desenvolvimento na empresa em que trabalhava. Realizei cursos de línguas, incluindo inglês e alemão, antes de prestar vestibular para Matemática. Ingressei no curso de Matemática na PUC, mas não me identifiquei com a área. Entretanto, minhas experiências profissionais foram ampliando, passando por diversos setores, desde almoxarifado até o departamento pessoal, onde cuidei de recrutamento e treinamento. As faculdades de Engenharia não formavam profissionais com as especializações necessárias para a empresa, e ela estabeleceu uma parceria com a Unicamp para oferecer um curso específico. Assim, acabei envolvido no campo do cálculo, participando de um curso chamado "Especialistas em Tecnologia da Informática". O curso, realizado em parceria com os laboratórios da Unicamp, durou três anos e meio, resultando na formação como especialista. Mesmo nesse cenário tecnológico, meu interesse pelo Direito persistia. Após passar no vestibular da USF e da PUC, optei por cursar Direito na PUC, já com mais de 30 anos, casado e com filhos. Após a graduação em Direito, tornei-me sócio de uma escola de línguas, estagiei na Procuradoria do Estado, e fui aprovado na Ordem dos Advogados. Ao término do estágio, busquei oportunidades na Federação dos Vigilantes. Ao chegar lá, iniciei uma conversa que resultou em uma proposta de trabalho. O processo foi desafiador, mas, ao expressar meu desejo de contribuir para a Federação, recebi uma resposta surpreendente. O representante da Federação ponderou sobre minha escolha de começar em uma instituição tão relevante e, após um breve momento de reflexão, anunciou: "Você está contratado".
Acompanhado de sua família, Ademir José da Silva concede entrevista exclusiva ao Correio Popular a convite de Ítalo Hamilton Barioni (Rodrigo Zanotto)
O senhor sempre esteve engajado na defesa da população negra. Percebe alguma evolução ao longo desses 30 anos até o momento atual?
Bem, vou te contar, nós percorremos um longo caminho. Eu divido nossa jornada em décadas distintas. Nos anos 60, enquanto nos Estados Unidos havia um movimento pelos direitos humanos, aqui no Brasil, era mais uma busca por afirmação. Essa afirmação se manifestava nos bailes blacks do Rio de Janeiro e São Paulo, que reuniam milhares de pessoas. Inclusive, a ditadura militar chegou a perseguir esses eventos. No entanto, eram movimentos de reafirmação. Na década de 70, vivemos um período em que íamos para as ruas, sabendo que podíamos apanhar da polícia e não tínhamos certeza se voltaríamos. Nos anos 80, começamos a questionar diversas questões. Uma delas era a imposição de alisar o cabelo nas mulheres negras. Minha esposa nunca alisou o cabelo, e isso era um ato de rebeldia. Às vezes, corria-se até o risco de perder o emprego. As meninas não tinham bonecas que as representassem, tudo era Barbie. Então, decidimos agir e procuramos a Estrela para exigir uma boneca que refletisse a diversidade das meninas negras. A primeira resposta foi que não venderia. "Mas como vocês sabem se não testaram?", questionamos. Outra iniciativa foi abordar a Caixa Econômica, pois as propagandas não incluíam pessoas negras. Conversamos com eles, e a resposta era: "Por que vocês estão fazendo esse questionamento?". Respondíamos: "Porque também somos consumidores. Porque negros também têm conta na Caixa". Começamos a mexer os pauzinhos, e logo surgiram as bonecas da Estrela, que venderam bem, provando que não era o que eles pensavam. Na década de 80, foi formado um núcleo de pessoas que discutiam essas questões, vinculado ao gabinete do governador. Isso culminou na criação do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, inaugurado em 1984. Eu era representante do interior neste Conselho.
Dentro da OAB, como foi o seu trabalho relacionado à defesa dos direitos civis e dos Direitos Humanos? Como tem evoluído ao longo do tempo e como está atualmente?
Na OAB, assim que obtive aprovação no exame da ordem, me encantei pela instituição e me tornei membro da Comissão de Direitos Humanos. Rapidamente, assumi a presidência dessa comissão e desenvolvi um forte interesse pela questão do consumidor. Assim, migrei para a Comissão de Defesa do Consumidor, onde também ocupei a presidência. Durante esse percurso, descobri em São Paulo a Comissão do Negro e de Assuntos Antidiscriminatórios. Comecei a participar ativamente dessa comissão na capital paulista e trouxe a ideia para a criação de uma comissão semelhante em Campinas. Ao longo do tempo, a Comissão do Negro e Assuntos Antidiscriminatórios mudou de nome, transformando-se na Comissão da Igualdade Racial, e durante esse período, ocupei a posição de presidente. Em 2014, uma busca por reparação começou a ecoar em meu subconsciente. Sempre tive a convicção de que a escravidão foi um crime, mas acreditava que não veria isso concretizado durante a minha vida. Entretanto, em 2014, recebi a notícia da criação da Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra pelo Conselho Federal da OAB. Imediatamente, tornei-me membro dessa comissão em São Paulo e trouxe a proposta para estabelecer uma comissão semelhante em Campinas, onde fui nomeado presidente.
Em um momento de descontração, o advogado Ademir José da Silva, acompanhado de seu filho e de amigos, torce pela sua querida Macaquinha no Estádio Moisés Lucarelli (Arquivo Pessoal)
Campinas carrega a marca de ter sido uma das últimas cidades, se não a última, a abolir a escravidão. Como você conduz seus trabalhos considerando esse fato histórico e percebendo seu impacto nos dias atuais?
O fato de Campinas ter sido a última cidade a abolir a escravidão trouxe consigo uma perspectiva muitas vezes não percebida pela sociedade em geral. Basta observar a história das entidades no município, como a Banda Humanitária dos Homens de Cor, uma organização formada por homens negros que buscavam representatividade. Uma notável iniciativa foi a criação de um clube no pós-Segunda Guerra Mundial, em maio de 1945. Ex-pracinhas, negros e não negros, decidiram estabelecer um espaço em Campinas onde a comunidade negra pudesse participar de atividades culturais e recreativas. Optaram por nomeá-lo Clube Cultural Recreativo Campinas, em vez de usar a data 13 de Maio, buscando assim uma representação mais inclusiva através do nome de José do Patrocínio. Na história de Campinas, onde a maioria era composta por fazendeiros e a região resistiu à abolição, a questão racial é emblemática. Apesar de avanços, ainda há muito a ser feito. Recentemente, tive uma conversa com um professor de economia da PUC, que foi o primeiro a abordar a falta de discussão sobre a escravidão na área econômica. Ele questionou por que a economia não dedica mais atenção a esse tema, considerando que a escravidão foi uma fonte de riqueza por cerca de 400 anos, sendo a base do desenvolvimento econômico do país. Essa questão ainda é tratada de maneira periférica, mostrando que há muito trabalho a ser feito.
No que diz respeito à evolução, recentemente divulgamos dados de um estudo sobre a saúde da população negra, que também incluía indicadores de violência. Em todos esses aspectos, a população negra é a mais impactada. Diante desses dados, como podemos mobilizar a sociedade para reverter essa realidade?
É um compromisso diário que enfrentamos. Carrego comigo as palavras de duas mulheres negras que sintetizam bem essa realidade. Uma delas responde àqueles que minimizam o problema do racismo, dizendo: "Mimimi é o som que um gato com um osso na garganta faz." É uma maneira impactante de destacar a gravidade do assunto, evidenciando que o racismo não é uma invenção dos negros, mas sim um problema trazido por eles, que, no entanto, oferecem soluções valiosas para o país. A falta de uma massa crítica capaz de discutir essas questões com propriedade é um desafio persistente. A outra expressão que carrego comigo é a necessidade diária de me perguntar: "O que fiz hoje para combater o racismo e a discriminação racial que encontrei durante o dia?" Essa autorreflexão constante é crucial para a conscientização e a ação efetiva. Quanto à mobilização, é fundamental compreender que essa luta não pode ser apenas dos negros. Mesmo representando quase 60% da população, ainda enfrentamos dificuldades em criar uma massa crítica significativa. A complexidade desse problema é evidente, mas sou um entusiasta fervoroso. Tento iluminar o caminho, destacando que ignorar uma força de trabalho que representa mais de 50% da população é um prejuízo econômico. Incentivo as pessoas a lerem obras como as de Laurentino Gomes, que, por ser branco, oferece uma perspectiva única sobre a questão racial.
Esta entrevista será publicada na véspera do Dia da Consciência Negra. Embora seja uma temática que mereça reflexão ao longo do ano, quais aspectos devem ser considerados como pontos de debate neste momento?
A temática da Consciência Negra está intrinsicamente ligada à diversidade, à tolerância e à construção de um país mais justo. É crucial compreender que a Consciência Negra não pertence exclusivamente aos negros, mas é um componente essencial da sociedade brasileira como um todo. O caminho para alcançar essa conscientização envolve diálogo e estudo, sendo fundamental que essa abordagem comece desde cedo, nas escolas e até mesmo nas creches, promovendo a educação racial. Desde a chegada de Cabral, o Brasil tem sido marcado por um histórico de exploração, inicialmente dos indígenas e posteriormente dos negros. As desigualdades persistem em nossa sociedade, mas é imperativo não desistir. Minha trajetória é um testemunho vivo desse comprometimento contínuo com a luta por um país mais justo.
O advogado Ademir José da Silva participou no ano passado de um simpósio sobre Consciência Negra na OAB (Kamá Ribeiro)
A criação do Ministério da Igualdade Racial está percorrendo o caminho certo em termos de reparação?
O Estatuto da Igualdade Racial representa um dos instrumentos essenciais para a implementação de reparação. Remontando ao início do século, em 2000 e 2001, realizou-se uma Conferência que analisou os crimes da escravidão. Influenciados pelos Estados Unidos e por outros países europeus, surgiram recomendações que oficializaram a escravidão como um crime contra a humanidade. Estas diretrizes instavam os países a desenvolverem estratégias de reparação, culminando na criação dos conselhos. Contudo, a eficácia desses conselhos é questionável se não forem adequadamente estruturados e financiados. Embora seja impossível ressarcir integralmente os danos causados pela escravidão, é viável buscar formas de reparação. No Brasil, essa tarefa é desafiadora. É imperativo não esquecer o passado, mas, ao invés disso, mitigá-lo e estabelecer um pacto para o futuro. O objetivo é construir uma nação com menos desigualdades. Embora alguns possam ignorar essa responsabilidade, argumentando que não têm relação com as injustiças do passado, é crucial abordar a questão de maneira abrangente. Acredito firmemente na viabilidade dessa abordagem, apesar das resistências e divergências que podem surgir.
Para concluir, quais são seus passatempos ou hobbies?
Em nossa família, apreciamos muito viajar. Além disso, tenho uma paixão pela leitura e pelo estudo de línguas. Falo inglês, francês, espanhol e alemão.
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