na RMC

Pandemia fecha cerca de 35% das academias

A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio o segmento de academias de ginástica na Região Metropolitana de Campinas (RMC)

Henrique Hein
08/07/2020 às 10:30.
Atualizado em 28/03/2022 às 21:01
Ao menos 145 das 414 academias que funcionam na região de Campinas já encerraram as atividades (Pixahere/Banco de Imagens)

Ao menos 145 das 414 academias que funcionam na região de Campinas já encerraram as atividades (Pixahere/Banco de Imagens)

A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio o segmento de academias de ginástica na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Fechadas há quase quatro meses, muitas delas já sucumbiram aos prejuízos acumulados. De acordo com estimativa da Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil), ao menos 145 das 414 academias que funcionam na região (35%) já encerraram suas atividades em definitivo desde o início da quarentena no Estado, no final do mês de março. Na avaliação de Edward Bilton, diretor da entidade e também da Cia Athletica Campinas, se o setor não receber autorização para reabrir até o fim de julho, o índice de unidades fechadas na região deve ultrapassar a barreira dos 50%. Segundo ele, as academias de pequeno e médio porte são as que mais encontram dificuldades para superar a crise. “São os imóveis mais antigos e menores, onde o próprio locador não tem condição de isentar o aluguel”, explicou. Bilton afirmou também que a situação das pequenas e médias academias é tão grave que mesmo se elas forem autorizadas a reabrir nos próximos dias, encontrarão dificuldades para seguir funcionando, tendo em vista o acúmulo de dívidas. “Existe a chance de isso acontecer com muitas delas, porque estão pagando o aluguel e o IPTU há meses, com receita zerada”. Segundo ele, outros dois pontos também atrapalharão a sobrevivência das academias quando as atividades voltarem: a devolução dos créditos nos planos dos alunos e a obrigatoriedade de reabrir o estabelecimento com um número reduzido de clientes no começo. “As academias que têm, por exemplo, mais de cinco mil metros quadrados de área, dificilmente excederão qualquer restrição estipulada. Já as academias de bairro, como vão fazer para pagar as contas, sendo que vários alunos voltarão a treinar com créditos, porque já pagaram o plano antes?”, questionou. Reabertura programada O governo estadual anunciou na última sexta-feira a antecipação da autorização de reabertura de academias para regiões que permanecerem na fase amarela (três) do Plano São Paulo, que regulamenta a flexibilização do comércio e atividades econômicas. Antes, a reabertura do setor só estava prevista na fase verde (quatro). Ficou definido que o funcionamento será permitido apenas para aulas individuais, com 30% da capacidade da academia e por até 6 horas diárias. A liberação já está valendo desde segunda-feira, mas cabe às prefeituras definir os prazos de reabertura. Por enquanto, as academias seguem proibidas de funcionar nas cidades da região de Campinas, que voltou para a fase vermelha do Plano. A região regrediu da fase laranja (que permite o funcionamento do comércio) para a vermelho, que autoriza somente a abertura das atividades essenciais, como supermercados e drogarias.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por