Criado por visionários em data controversa, modelo aposta na união de forças por bem comum
(Divulgação)
Em meio à pandemia da Covid-19, que evidenciou a importância de unir forças em prol de um bem comum, colocando os holofotes sob ações solidárias e colaborativas, é celebrado hoje o Dia Internacional do Cooperativismo. A data é comemorada desde 1923 e, a partir de 1995, foi adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2020, o tema mundial dos festejos é “Cooperativas para a Ação Climática”. Ao fazer o anúncio, no começo de abril, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) destacou que o intuito é estimular as cooperativas do mundo inteiro a continuar promovendo ações para combater as mudanças climáticas. Segundo a ONU, o cooperativismo é um modelo de empreendimento econômico em que os trabalhadores controlam, de forma democrática, o capital resultante do seu trabalho/cooperação. De acordo com a ONU, a primeira cooperativa operou na Escócia. Em 1761, formada por um grupo de tecelões da cidade de Fenwick. Já a ACI registra que a primeira cooperativa moderna, que abriu as portas pautada por valores e princípios morais – entre eles, honestidade e transparência — considerados, até hoje, a base do cooperativismo, começou em 1844, em Rochdale-Manchester, no Interior da Inglaterra. “A pandemia é o momento do paradigma cooperativo. Não ocorre a ninguém que a melhor maneira de resolver o problema é competir com o vizinho. A solução só pode ser cooperativa”, declarou em maio passado, o presidente da ACI, o argentino Ariel Guarco. “Com os pioneiros de Rochdale aprendemos que as boas práticas de empreendedorismo coletivo são o melhor estímulo para a cidadania”, disse o presidente da Unimed Campinas, João Lian Júnior. O gestor menciona que o cooperativismo no trabalho médico teve início no Brasil, em 1967, na cidade de Santos. Desde então, cresceu e se consolidou como poucos outros setores no País.