Palácio dos Azulejos

Palácio é memória viva da época dos barões do café

Edifício teve peças importadas da Inglaterra, Bélgica, França, Portugal, Itália e até um jardim oriental de Inverno ornamentado com plantas chinesas

Agência Anhanguera de Notícias
13/07/2019 às 22:12.
Atualizado em 30/03/2022 às 19:33

O Palácio dos Azulejos compõe-se de dois edifícios geminados, cada um com seu portal. A residência da esquina pertenceu ao comendador Joaquim Ferreira Penteado, barão de Itatiba, e a outra , ao seu filho, Ignácio Ferreira de Camargo Andrade. Mais tarde, a prefeitura adquiriu as duas edificações e transformou-as em um único prédio. Construído na segunda metade do século XIX, o solar mantém raras proporções de equilíbrio, principalmente em se tratando de duas residências concebidas independentes uma da outra. Na fachada foram aplicados azulejos portugueses, inclusive na platibanda que se encontra coroada por louça branca. São destaques a clarabóia com vidros coloridos, os gradis de ferro fundido no balcão do segundo pavimento e a porta de acesso principal. O imóvel sofreu algumas alterações, como: substituição de pisos e telhados, trechos de paredes removidos, criação de um pátio interno e construção de dependências anexas. Em 1967, o prédio obteve o reconhecimento federal, estadual e municipal, sendo tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc). Na década de 1990, o controle passou da Sanasa à Secretaria Municipal da Cultura e Turismo, passando a abrigar o Museu da Imagem e do Som e parte do Arquivo Municipal. Em 2004, a Petrobras patrocinou o projeto de revitalização do edifício. Com 4.200 m², o Palácio dos Azulejos, um dos poucos palacetes que guardam a memória dos barões do café, foi praticamente importado da Europa. O barão de Itatiba comprou azulejos portugueses, lustres franceses, cristais belgas para as janelas, metais e ferragens da Inglaterra, mármore italiano para soleiras e áreas internas e plantas chinesas que ornamentavam um jardim oriental (de inverno). 

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