Pais reclamam de falta de plantão pediátrico em PA

A falta de atendimento pediátrico durante o período noturno no Pronto Atendimento Campo Grande, em Campinas, tem obrigado pais a procurarem outras unidades de saúde de plantão ou ainda procurar o PA no dia seguinte pela manhã. A reportagem recebeu a informação por telefone que só haveria pediatra no dia seguinte pela manhã e que o atendimento pediátrico somente das 7h às 19h acontece desde outubro, sem previsão de o atendimento 24 horas voltar a acontecer. Andressa Regina Moraes Pavani, de 25 anos, moradora da região que está desempregada, já teve que levar o filho de 3 anos com febre para o Hospital Celso Pierro. “Lá é muito fora de mão. E se ele estivesse com uma convulsão?”, lamentou. Morador do Satélite Íris, o pedreiro Petronildo Dias dos Santos, de 44 anos, buscou atendimento no PA Campo Grande às 19h na última quarta-feira para a filha de 9 anos com dor no ouvido e após ser informado da falta de pediatra saiu às pressas para o Hospital Ouro Verde. “Tem que ter toda hora. Isso não é certo”, lamentou. A Secretaria Municipal de Saúde esclareceu em nota que mesmo com a ausência de pediatras todas as crianças classificadas como graves são atendidas normalmente, ressaltando que a prioridade dos prontos atendimentos são as urgências e emergências e que crianças com casos de menor complexidade são encaminhadas para outros serviços. Questionada sobre a possibilidade de retorno do atendimento pediátrico, a pasta afirmou que com o término da reforma na unidade de saúde, que deve ser concluída em meados do ano que vem, a escala deve ser readequada. O PA Campo Grande, que funciona 24 horas em prédio entregue em 2008, é responsável pelo atendimento de urgência e emergência de cerca de 190 mil pessoas, com aproximadamente 350 atendimentos por dia, incluindo clínica médica e pediatria. A promessa é que após reforma o PA passe a contar com odontologia de emergência, também 24 horas. A reforma começou em maio, com investimento de cerca de R$ 3,5 milhões, valor de contrapartida viabilizado por um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Prefeitura e a empresa PDG. O valor inclui compra de mobiliário e ambientação do espaço.