Oximetria é aliada no diagnóstico do vírus

Um projeto piloto começará amanhã na área dos Centros de Saúde dos DICs 3 e 6, na região Sudoeste de Campinas, para medir o nível de oxigênio no sangue de cerca de 2,3 mil pessoas com mais de 60 anos e, dessa forma, evitar mortes por Covid-19. Uma saturação abaixo do normal, que é de 95% a 100%, pode ser um indicador da doença, ainda que o paciente não tenha dificuldade de respirar. O projeto é parceria com o Instituto Estáter, que reúne profissionais de todo o País, e lideranças comunitárias. A oximetria será um dos instrumentos para diagnosticar hipóxia, baixa oxigenação provocada pelo novo coronavírus. Segundo o presidente do Instituto Estáter, o empresário Pércio de Souza, diferente de outras infecções, a Covid-19 tem essa característica de reduzir a oxigenação, o que acaba fazendo com que pacientes graves, com níveis de oxigênio muito abaixo do aceitável, mas sem sintomas, acabem ficando em casa. A medição do nível de oxigênio será feita na casa das pessoas com mais de 60 anos, duas vezes por dia. A região foi escolhida, segundo ele, porque as unidades de saúde têm um bom controle da população. O oxímetro é parecido com um pregador de roupas. É colocado em um dos dedos para medir o nível de oxigênio. Souza disse que a iniciativa pode ajudar a desafogar as unidades de terapia intensiva (UTI). "Se o paciente for levado ao hospital mais precocemente, talvez não precise ir para uma UTI", disse. Cada centro de saúde de Campinas tem dez oxímetros e o prefeito Jonas Donizette (PSBH) pediu ao Ministério da Saúde para apoiar com a liberação de equipamentos, para poder avançar o projeto no monitoramento com mais de 60 anos na cidade.