Conhecida internacionalmente, a Expoflora é um dos maiores eventos da RMC e atrai um público de 300 mil pessoas por edição (Cedoc/ RAC)
Maior exposição de flores e de plantas ornamentais da América Latina, com reflexos na economia da Região Metropolitana de Campinas (RMC), a Expoflora acaba de ser adiada pelo segundo ano consecutivo, por conta da pandemia de covid-19. Essa seria a 39.º edição, marcada para ocorrer entre agosto e setembro, para celebrar a Primavera, e poderá se realizar somente no segundo semestre de 2022, a depender do controle da contaminação.
A organização da Expoflora, sediada em Holambra, a 40 quilômetros de Campinas, anunciou ontem a suspensão neste ano por meio de nota postada no site do evento. Ao contrário de 2019, os ingressos não foram colocados à venda antecipadamente. Embora seja caracterizada como mostra da produção de Holambra voltada ao consumidor final, a Expoflora é um atrativo de caráter internacional, e traz à região, em média, 300 mil visitantes ao ano.
Em sua extensão, promove a divulgação da produção das cooperativas de flores e plantas e a criação do hábito de ornamentação dos lares. Além do aspecto econômico, é um atrativo turístico muito apreciado por comerciantes e floricultores de várias regiões do mundo. São 250 mil metros quadrados de área, com espaços de lazer e divertimento para crianças.
Em 2019, a Expoflora recebeu 328 mil visitas originárias de todos os estados brasileiros, da Europa, Estados Unidos e da Ásia - sendo o maior contingente de chineses. Naquele ano, por conta da Expoflora, a RMC movimentou mais de R$ 250 milhões.
Atingindo um raio de 80 quilômetros a partir de Campinas, o setor de hotelaria, transportes, bares e restaurantes e de serviços beneficiaram-se da mostra. É o maior fluxo de pessoas para a RMC, e contribui para a lotação dos hotéis de Campinas, Limeira, Americana, Mogi Mirim e as cidades do Circuito das Águas Paulista. Com 15 mil habitantes, Holambra não conta com infraestrutura hoteleira.
Holambra é a maior produtora de flores do país, e atende a revendedores de flores de Norte a Sul, exportando para o mercado internacional. O adiamento no ano passado interrompeu uma sequência de 31 edições interruptas. A Expoflora deixou de ser realizada somente uma vez, em 1988, quando a comunidade local comemorou os 40 anos da imigração holandesa. A Expoflora gera sete mil empregos, sendo 1.500 diretos.