Oração e silêncio marcam a Paixão

A Procissão do Senhor Morto, principal rito da Sexta-Feira da Paixão, levou uma multidão de católicos às ruas da região central de Campinas

Daniel de Camargo
20/04/2019 às 10:58.
Atualizado em 04/04/2022 às 09:16

A Procissão do Senhor Morto, principal rito da Sexta-Feira da Paixão, levou uma multidão de católicos às ruas da região central de Campinas, no começo da noite de ontem. O Tríduo Pascal, conjunto de três datas celebradas na semana, marcam a mais importante festa da Igreja, segundo o padre Antônio Alves, assessor de comunicação da Arquidiocese de Campinas. As celebrações tiveram início pela manhã. Das 6h às 12h, ocorreu a Vigília Eucarística, com a participação das pastorais. Às 15h, aconteceu a Celebração da Paixão do Senhor. Ao longo do dia, houve orações em todas as paróquias da cidade. No início da noite, aconteceu a Procissão do Senhor Morto. “Todos são convidados a aproximar o seu sofrimento ao de Cristo. Jesus está morto. Não temos motivos para nos alegrar. Porém, estamos unidos a Ele e cremos que um dia Jesus vai ressuscitar”, disse Alves, explicando que durante o cortejo são realizadas preces em tom de lamentação, ao contrário dos dois dias subsequentes, nos quais a ressurreição é comemorada. A marcha começou pontualmente às 18h30, saindo da Basílica Nossa Senhora do Carmo até a Praça da Catedral. Os fiéis deixaram a Rua Barão de Jaguara, passando por um pequeno trecho da Rua Benjamin Constant até ingressar na Avenida Francisco Glicério. O ato contou com apoio da Polícia Militar, Guarda Municipal e agentes de mobilidade urbana da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), que ficaram responsáveis por fechar as vias. A comitiva tinha os acólitos (membros da Igreja instituídos para auxiliar) à frente. Todos estavam devidamente paramentados com objetos litúrgicos. Em seguida, um grupo de coroinhas. Depois, a Sagrada Relíquia do Santo Lenho (um pedaço da cruz de Cristo) era exibida debaixo do pálio (espécie de cobertura para uso em ambientes abertos). Na sequência, estavam alguns padres e uma multidão de devotos. Por fim, um andor com o Senhor Morto e uma imagem de Nossa Senhora das Dores. Antes de sair para o percurso, foi entoado o Canto de Verônica. A narrativa cristã descreve um gesto nobre (transportar um véu no qual está impressa a representação da face de Jesus Cristo), que consagrou uma jovem (Verônica) como exemplo de compaixão a ser seguido. Hoje, haverá a chamada Missa da Vigília Pascal. Na Catedral será às 19h. No Domingo da Páscoa, festa da Ressurreição, na Catedral, haverá missas às 7h30; 9h30; 11h30; 17h e 19h.

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