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Operadora é proibida de vender um de seus planos

Desde ontem, a operadora Coopus, com sede na Rua Dona Anita Mayer, no Botafogo, em Campinas, não pode comercializar um dos seus planos de saúde

Daniel de Camargo
12/03/2019 às 08:23.
Atualizado em 04/04/2022 às 22:56

Desde ontem, a operadora Coopus, com sede na Rua Dona Anita Mayer, no Botafogo, em Campinas, não pode comercializar um dos seus planos de saúde, que atende quase 5 mil clientes. A empresa, assim como outras 12 do segmento, está impedida de realizar novas vendas por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. A medida foi tomada após registro de reclamações dos consumidores, relacionadas à cobertura assistencial, prazo máximo de atendimento e rede conveniada, entre outras recebidas no último trimestre de 2018.  Segundo a ANS, 46 planos de saúde, que atendem aproximadamente 570 mil beneficiários em todo o Brasil, tiveram a sua venda suspensa temporariamente. De acordo com a agência, os clientes com contratos assinados "ficam protegidos com a medida e têm mantida a garantia à assistência regular". A ANS informou ainda que "os planos suspensos só podem voltar a ser comercializados quando forem comprovadas melhorias", o que deve ocorrer dentro do prazo de três meses, antes da próxima análise. Trimestralmente são divulgados os resultados do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, métrica que monitora o desempenho do setor e atua na proteção do beneficiário. O objetivo da iniciativa é estimular as empresas a qualificarem o atendimento prestado aos consumidores. Esclarecimento A Coopus informou, em nota, que apenas um dos 38 planos oferecidos pela empresa teve sua comercialização suspensa. A empresa criticou os critérios da ANS para bloqueio das operadoras de pequeno e de médio portes, como é o seu caso. De acordo com a Coopus, "nada mais são do que uma forma de buscar demonstrar a população que a atuação da ANS é rígida e eficaz, sem que haja qualquer efetividade". No período analisado, a Coopus informou ter realizado mais de 60 mil consultas, 180 mil exames de diagnóstico e mais de 1,8 mil internações, resultando em apenas seis queixas. Trimestre somou 20 mil reclamações A ANS informou, em nota, que no último trimestre de 2018 foram registradas cerca de 20 mil reclamações de natureza assistencial nos canais de atendimento da agência em todo o País, levando em conta todos os planos de saúde. Dessas, em torno de 16 mil foram consideradas para análise pelo Programa de Monitoramento, excluindo-se as demandas finalizadas por motivos como duplicidade. Mais de 94% das queixas foram resolvidas pela mediação feita pela ANS via Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), índice que regularmente tem se mantido superior a 90% em resolutividade, garantindo resposta ao problema dos beneficiários.

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