Operação lacra oficinas e apreende 27 motos

A Polícia Civil de Campinas deflagrou na manhã de ontem a Operação QR Code de combate à receptação de motocicletas. Ao menos duas oficinas foram lacradas e 27 motos apreendidas. Ninguém foi preso. A ação foi feita em conjunto entre a Delegacia de Investigação Gerais (DIG), Garra e Departamento Estadual Trânsito (Detran), em sete endereços localizados no distrito do Ouro Verde, inclusive no Campo Belo. A operação foi desencadeada por uma investigação que começou há quatro meses pelo Setor de Furtos e Roubos de Veículos da DIG. Segundo o delegado Roney de Carvalho Barbosa Lima, que responde pelo setor, foi feito um mapeamento de locais que tinham o maior número de roubos de motos e, com base no levantamento, os policiais passaram a apurar endereços que poderiam adquirir esses veículos ilícitos. Foram identificadas oficinas e lojas de vendas de peças. “Todas as motos apreendidas são de clientes, deixadas para conserto. A maioria está com restrição de uso e boa parte delas é de leilão, que não pode ser usada. Outras estão com a documentação irregular há anos”, contou Lima. No mês passado, o Correio publicou uma reportagem sobre a onda de roubos a pedestres na região do Campos Elíseos. Policiais comentaram na ocasião que a maior partes dos crimes era cometido por ladrões em motos vindas de leilões, ou seja, que não poderiam circular. De acordo com Lima, a operação da DIG tem por objetivo combater roubos e furtos de motos na cidade. Ainda conforme o delegado, não há um modelo específico alvo dos bandidos. “Os maus comerciantes fomentam os crimes, pois eles são os receptadores das peças desses veículos, que são desmontados”, disse. Segundo o delegado titular da DIG, José Carlos Fernandes, as operações conjuntas com o Detran-SP ocorrem desde 2016. Os delegados já planejam novas ações. O nome QR Code é em alusão às etiquetas que as peças devem ter para os agentes do Detran pesquisarem as origens. A falta delas indica irregularidade.