NA REGIÃO DO CAMPO BELO

Operação da Polícia Civil apreende ao menos 9 armas em Campinas

Armamento, coletes à prova de bala e munições estavam dentro de um saco plástico jogado por desconhecidos

Alenita Ramirez/ [email protected]
22/12/2022 às 09:00.
Atualizado em 22/12/2022 às 09:00
Corporação suspeita que o material descartado por desconhecidos que fugiam um veículo pode pertencer à empresa de segurança que foi furtada (Rodrigo Zanotto)

Corporação suspeita que o material descartado por desconhecidos que fugiam um veículo pode pertencer à empresa de segurança que foi furtada (Rodrigo Zanotto)

Uma operação da Polícia Civil de Campinas na manhã de quarta-feira (21), na região do Campo Belo, levou à apreensão de ao menos nove armas, três coletes à prova de bala, diversas munições de calibre 12 e 38 e de algumas peças de roupas. O material estava em um saco plástico, que foi lançado na rua por alguns homens em um veículo que conseguiu fugir.

Para verificar se também havia algum material explosivo no saco, os agentes acionaram o Grupo Especial de Reação (GER) da capital. Como o material foi desovado em uma via às margens da Rodovia Miguel Melhado de Campos, a ação chamou a atenção de motoristas e pedestres que passaram pelo local.

A suspeita é de que o armamento pertença à empresa de segurança que foi furtada no último dia 14, no Jardim das Bandeiras II, na região do Oziel.

A operação foi realizada pela equipe de policiais civis do 2º Distrito Policial (DP), no bairro São Bernardo, responsável pelas investigações do furto, com o apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic).

Durante as diligências na região do Campo Belo, os policiais avistaram um veículo, que empreendeu fuga assim que o motorista viu a viatura. Na fuga, os criminosos entraram na Rua 3, no bairro Cidade Singer 1, e um dos ocupantes teria arremessado o saco pelo vidro do carro, segundo relatos de pedestres pelo local.

O saco foi encontrado pelos agentes próximo ao muro de uma casa, atrás de um pé de árvore e ao lado de um monte de pedras. Como os policiais tinham informações de que as armas poderiam ser da empresa de vigilância recentemente furtada, foi acionado o GER para verificar a possibilidade da existência de bombas ou material explosivo.

A área foi isolada e ali foi realizada uma detonação com explosivo da corporação, constatando-se que não havia material que pudesse detonar no saco plástico.

Como o arsenal ainda estava sendo analisado, o delegado responsável pelo caso preferiu não emitir comentários e deverá ser convocada uma coletiva com a imprensa hoje. Não foi divulgado qualquer detalhe do trabalho dos agentes

Furto na empresa

O furto na empresa aconteceu na madrugada do dia 14, quando criminosos arrombaram o cadeado de um portão de aço, na lateral da empresa de vigilância, localizada às margens da Rodovia Santos Dumont (SP-075), no Jardim das Bandeiras II, e furtaram 54 armas (24 delas calibre 12, 20 calibre 38 e dez de calibre 380), 17 coletes à prova de balas e cerca de 1,7 mil munições – de 500 de .38; 400 de .380 e 800 de .12.

De acordo com as informações da Polícia Militar (PM) à época, não havia ninguém no local e o crime foi descoberto por uma funcionária que chegou por volta das 6h para trabalhar.

Imagens registradas por câmeras de vigilância da via mostraram dois homens, com blusa de frio, caminhando por diversas vezes na calçada da rua, por volta da 0h15.

Na noite do mesmo dia do crime, policiais civis do 2º DP apreenderam um revólver calibre 38, após uma denúncia. Um comerciante de 32 anos foi preso por receptação da peça. A reportagem apurou que o homem alegou que havia comprado a arma de uma pessoa desconhecida.

Os policiais chegaram ao suspeito após receberem informações de que haveria comercialização de armas na região do Parque Oziel. De posse dos dados, uma equipe da delegacia, com apoio da Polícia Militar e do Grupo de Ações Especiais (GOE) foram para o local e descobriram o paradeiro de uma das armas, achada no guarda-roupa, na casa do comerciante.

O crime é investigado também pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

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