Policial durante o cumprimento dos 20 mandados de busca e apreensão em todo o Estado de São Paulo, dos quais oito na cidade de Campinas (Polícia Federal/São Paulo )
A Polícia Federal de São Paulo realizou na manhã de ontem uma operação para capturar mais suspeitos que participaram do mega-assalto a agências bancárias de Araçatuba no mês passado. Em Campinas, a corporação cumpriu oito mandados de busca e apreensão.
De acordo com a PF, foram efetivados ontem 20 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária, com o apoio da Polícia Militar, em todo o Estado de São Paulo. A operação já resultou na prisão do oitavo envolvido no roubo, que terminou com três pessoas mortas, sendo dois criminosos e um refém.
Desde o dia do assalto, a Polícia Federal trabalha na identificação e prisão dos integrantes da organização criminosa e, por ora, espera colher mais elementos como resultado das novas buscas realizadas.
Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal em Araçatuba e cumpridos nas cidades de São Paulo, Campinas, Piracicaba, Guarulhos e Araçatuba.
Um indivíduo foi preso ontem, temporariamente, interrogado e encaminhado ao presídio local de Araçatuba, onde permanecerá à disposição da Justiça Federal.
A PF continua seguindo todas as linhas de investigação possíveis e, assim que novos resultados forem surgindo, fornecerá mais detalhes.
Em menos de 15 dias, foram presos oito suspeitos envolvidas no roubo, além de outros três que foram identificados, mas morreram após o crime. Na região, um homem foi preso em Campinas, no dia seguinte ao crime, e confessou participação no assalto. Um outro suspeito foi encontrado morto em Sumaré.
Mega-assalto
A ação criminosa ocorreu na madrugada do último dia 30 de agosto, quando uma quadrilha, com cerca de 20 homens, fortemente armados, invadiram o município de Araçatuba e atacaram três agências bancárias em duas horas. Ainda não há informações do montante total que foi levado pelos criminosos.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram que, durante a fuga, o grupo fez uso de reféns como “escudos humanos” nos carros em movimento.
De acordo com informações da Polícia Militar, três pessoas morreram, duas delas moradoras da cidade e a outra, suspeita de integrar o grupo. Cinco pessoas ficaram feridas.
A operação dos criminosos foi cinematográfica, já que eles espalharam explosivos por vários pontos do município. A polícia identificou 20 pontos com os artefatos e policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foram acionados.
Além disso, veículos foram queimados em vários locais do município e da região, na tentativa de impedir a chegada da polícia. Drones também foram usados pelos bandidos para monitorar a ação dos agentes de segurança.
Três agências foram alvos da quadrilha. Em uma delas, que funciona como uma tesouraria regional, os criminosos tiveram acesso ao cofre subterrâneo. Na outra, o bando atacou os caixas eletrônicos. A terceira agência foi apenas danificada.