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Operação constata fraude de rede

Uma operação da CPFL Energia e da Polícia Civil desencadeada anteontem para combater fraudes e furtos de energia ? conhecidos como 'gatos'

Gilson Rei
11/10/2019 às 09:10.
Atualizado em 30/03/2022 às 11:32

Uma operação da CPFL Energia e da Polícia Civil desencadeada anteontem para combater fraudes e furtos de energia — conhecidos como "gatos" — resultou em 17 fraudes e irregularidaders em relógios medidores de energia em 19 fiscalizações realizadas em uma grande rede estadual de comercialização de salgados e alimentos em dez municípios, sendo sete da região: Campinas, Americana, Hortolândia, Paulínia, Piracicaba, Sumaré e Valinhos. A ação partiu de uma denúncia de que a rede de salgados estava praticando "gatos" . Além de exigir dos fraudadores o pagamento dos prejuízos causados no roubo de energia, a operação teve como saldo a condução de cinco pessoas de Campinas à Delegacia, das quais quatro foram autuadas e uma liberada. O nome da rede de comercialização de salgados e alimentos não foi revelado. Nos sete locais fiscalizados em Campinas foi constatada a fraude. Em Hortolândia e Piracicaba duas unidades comerciais foram inspecionadas e as quatro estavam com fraudes nos relógios medidores de energia. As únicas unidades fiscalizadas em Americana, Paulínia, Sumaré e Valinhos estavam também com os relógios manipulados para medir menor consumo. Os "gatos" foram encontrados também nos municípios de Américo Brasiliense e Ribeirão Preto. Apenas em São José do Rio Preto as duas unidades da rede fiscalizadas estavam medindo a energia de forma correta. Ruan dos Reis Alves, gerente de recuperação de energia da CPFL Energia, informou que essas operações de inspeção têm como objetivo coibir a prática ilegal, que causa o encarecimento das tarifas para todos os clientes da distribuidora, pioram a qualidade do fornecimento de energia e colocam em risco a vida da população. Segundo Alves, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) distribui parte dos prejuízos causados pelas "perdas comerciais", como são denominadas as fraudes, no momento das revisões tarifárias. Outra consequência negativa é a piora na qualidade do serviço prestado. "As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às interrupções no fornecimento", explicou o gerente. Segundo Alves, consumidores que cometem o crime também estão colocando em risco as suas vidas e da população. "Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede podem causar acidentes graves e até fatais", alertou. Alves afirmou que as fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de um a quatro anos de detenção. "Também são cobrados dos fraudadores os valores das tarifas referentes a todo o período em que ocorreu o furto de energia, acrescidos de multa", disse. Policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas e do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) conduziram cinco pessoas à Delegacia após a constatação de fraudes em medidores de energia elétrica nos estabelecimentos comerciais. O delegado titular da DIG, José Carlos Fernandes, informou que três homens do estabelecimento comercial foram autuados em flagrante na DIG, e outro homem foi autuado na Delegacia do 3º Distrito Policial. Uma quinta pessoa averiguado foi ouvido e liberado na Central de Flagrantes do 1º DP.

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