DE FACHADA

Operação combate empresa laranja na região de Campinas

Receita Federal fiscaliza nove empresas da região que emitiram R$ 300 milhões notas fiscais, mas não pagavam impostos e nem mantinham funcionários

Do Correio.com
28/05/2015 às 12:29.
Atualizado em 23/04/2022 às 12:10
Receita Federal realiza Operação Caça-Laranja em São Paulo (  Cedoc/RAC)

Receita Federal realiza Operação Caça-Laranja em São Paulo ( Cedoc/RAC)

A Receita Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (28), uma grande operação de combate a empresas “laranja” nas cidades de Campinas, Sumaré e Valinhos. O objetivo da operação é verificar se efetivamente 278 empresas existem e se estão operando normalmente. Na região, são nove investigadas. Juntas, elas emitiram aproximadamente R$ 300 milhões em notas fiscais. Foi constatado que nos locais indicados para o funcionamento das empresas existem apenas terrenos vazios, casas residenciais e pequenos comércios.  A Operação Caça Laranja terá continuidade com a identificação e baixa de outras empresas suspeitas de emissão de notas fiscais indevidas e também fiscalização das que, de alguma forma, se utilizaram destas notas em atividades fraudulentas. Se constatadas as irregularidades, o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de cada uma delas será imediatamente suspenso, impedindo que elas continuem a emitir documentos fiscais. As empresas foram selecionadas a partir de cruzamentos efetuados entre os diversos sistemas informatizados da Receita Federal. Apesar de terem emitido valores expressivos de notas fiscais de venda de mercadorias ou prestação de serviços em 2014, essas empresas não recolheram tributos. Elas também não possuem empregados registrados, não estão estabelecidas em endereços compatíveis com suas atividades e não apresentam movimentações bancárias correspondentes ao suposto faturamento. A Receita acredita que existem fortes indícios de que funcionam apenas como empresas “de fachada” para finalidades ilegais tais como acobertamento do verdadeiro fornecedor das mercadorias ou prestador dos serviços, criação de créditos tributários ilegítimos, sonegação, importações fraudulentas, lavagem de dinheiro, corrupção.  

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