Operacão Resgate

ONGs de animais pedem socorro

A ONG que não possui abrigo, está cuidando de 86 animais, que estão nas clínicas, lares temporários ou hospedagens

Rafaela Dias/AAN
rafaela.dias@rac.com.br
28/07/2018 às 16:36.
Atualizado em 23/04/2022 às 08:06

(Divulgação)

A ONG Operacão Resgate, que já existe há 6 anos na cidade resgatou no último mês, 15 animais em total situação de abandono e maus tratos. Só em Sumaré, foram três vira-latas, um shitzu e um poodle, todas denúncias feitas através das redes sociais. Um outro animal que foi resgatado e que acabou sendo encaminhado para uma das 4 clínicas veterinárias parceiras sofria de automutilação e precisou ter a perna amputada. "Animais como esse geralmente sofrem de ansiedade ou solidão, nervosismo e até tédio, o que indica maus tratos. Esse cão especificamente foi resgatado em uma situação de quase morte e agora se recupera em uma das nossas clínicas" , explicou a presidente Marjorie Rodrigues, de 35 anos. "São situações muito críticas e que não puderam ser deixadas de lado. Não agir resgatando esses animais, seria concordar com os maus tratos" , disse. Atualmente, a ONG que não possui abrigo, está cuidando de 86 animais, que estão nas clínicas, lares temporários ou hospedagens. "A nossa maior dificuldade é a falta de continuidade na ajuda financeira. Quando aparecem casos como esse, acabamos recebendo ajudas pontuais. Mas existem outras dezenas de animais que precisam de ajuda diariamente até que sejam doados. Temos madrinhas fixas, mas não é o suficiente. Precisamos aumentar as contribuições com urgência. Não basta ajudar no calor da emoção. Temos obrigações com eles e não podemos falhar" , afirmou. Ainda segundo ela, muitas pessoas imaginam que as ONG’s conseguem serviços e ração gratuita, mas isso não é uma realidade. "Não estamos apenas falando de nós e sim de todas as ONG’s e protetores independentes. A cada dia as nossas dívidas aumentam. Todo o serviço que solicitamos é pago, 100%" , explicou. Mensalmente, a Operacão gasta cerca de R$10.310,00 apenas com ração e moradia para esses animais, sem contar com os tratamentos médicos, medicação, vacinas e banhos. Cada animal gera um custo de R$700,00 mensal, apenas de internação nas clínicas veterinárias. As hospedagens são feitas em Campinas e Morungaba. Segundo Marjorie, quando os animais são resgatados, mesmo que com uma melhor aparência, ao serem examinados surgem novos problemas. Muitos deles, nem banho tomavam. Somado a isso, ainda tem a castração dos bichinhos. É uma longa rotina de tratamentos. "Recebemos diariamente dezenas de denúncias e não conseguimos acolher todas. São animais espancados, cadelas prenhas prestes a dar a luz em situação de rua, ninhadas abandonadas e casos de acumuladores" , lamentou. Para conseguir arcar com os gastos, diariamente são feitas rifas, bazares online nas redes sociais, vendas de pizzas entre outras ações para arrecadar recursos. "Não temos fluxo de caixa, tudo vem com muito sacrifício" , completou. Para ela, o maior desafio da causa animal hoje é a conscientização das pessoas no que diz respeito à sua responsabilidade em ser tutor de algum bichinho e até mesmo em saber como resgatar e acolher. "As pessoas podem fazer exatamente o que fazemos. Quando recuperamos animais, primeiro nós os encaminhamos para tratamento médico, depois buscamos recursos para conseguir arcar com as despesas" , disse. "O problema é que muitos pensam: é só um gato, é só um cachorro. Por favor, são vidas. Eles sofrem, sentem fome, dor, frio" , reforçou. Ainda segundo Marjorie, as políticas públicas para a causa animal ajudam, mas não são suficientes. Das denúncias feitas por ela no 156, apenas uma foi checada. "A Prefeitura também não tem braço para tantos resgates em Campinas. Não sei quantas reclamações chegam por dia, mas devem ser centenas. É preciso um efetivo maior, nem que seja de voluntários. Nos finais de semana por exemplo, não existe atendimento de plantão" , falou. Mas ela relembra as castrações e microchipagens. "Essas ações reduziram muitos outros novos casos, foi um avanço sim" , afirmou. Bazar novo Para aumentar os recursos, foi criado pela ONG também um bazar e brechó fixo chamado de Animal Casual, que atende com hora marcada pelo telefone: (19) 97409.8630. Os valores arrecadados com ele, e com os bazares online, serão destinados ao pagamento das clínicas veterinárias: Vila dos Bichos, em Sumaré e Clivecam, Late & Mia e Pet Luz, em Campinas. "Para a clínica de Sumaré estamos devendo R$4 mil. Precisamos de ajuda" , disse. A ONG está aceitando ainda doações de roupas, calçados, acessórios, objetos e eletrodomésticos que estejam em bom estado para reverter em atendimento. No próximo dia 11, a Operacão realiza um bazar fixo, das 9h às 15h na Rua Walter Schimidt, 53 - Jd. Santa Cândida. Serviço Bazar Animal Casual/Operação Resgate Rua Walter Schimidt, 53 - Jd. Santa Cândida Informações: (19) 97409.8630 *atendimento com agendamento Conheça a ONG Operacão Resgate: Email: adote@operacaoresgatecampinas.com.br Facebook: /operacaoresgatecampinas Instagram: @operacaoresgatecampinas

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