Entre as ações praticadas pela organização espírita estão técnicas de alinhamento dos meridianos energéticos e tratamentos psicológicos com o uso das cores
A cliente Giovana e o marido, Felippe Viana Pereira, com a mascote Babi (Divulgação)
Donos de animais com doenças físicas ou que sofrem de ansiedade têm encontrado na Casa Espírita Luz do Caminho (Celuca), na Vila Brandina, em Campinas, um ponto de ajuda para tratar dos seus queridos e amados bichinhos de estimação. Isso porque, desde o final do ano passado, o local tem se notabilizado por oferecer tratamentos espirituais gratuitos em animais. Entre as ações praticadas pela organização espírita estão técnicas de alinhamento dos meridianos energéticos e tratamentos psicológicos com o uso das cores. Apesar de parecer estranho num primeiro momento, a diretora do local, Lídia Gonçalves, garante que a prática da atividade traz resultados positivos em poucas semanas. “Nós começamos a fazer o passe em animais há aproximadamente sete meses e, pra nossa surpresa, estamos obtendo resultados muito acima das nossas expectativas iniciais. São cerca de 15 a 20 animais atendidos por quinzena e os elogios dos cuidadores têm sido ótimos. Todos afirmam que seus animais estão melhorando a cada sessão”, explicou a diretora. E o tratamento é totalmente gratuito. O passe é feito quinzenalmente (aos domingos) e os interessados agendam uma data para levar os animais. Cada sessão dura em média de sete a oito minutos, sendo que antes disso, os donos são convidados a assistir uma palestra de 15 minutos no local. Após quatro sessões, o animal é encaminhado para fazer uma avaliação espiritual, que verifica se há a necessidade de mudar o passe ou permanecer com o mesmo tratamento. A atividade espiritual é feita de diferentes formas e depende do problema do animal, que pode ser físico ou emocional. No primeiro caso, o atendimento é feito quando o bichinho está doente. Já a segunda forma de pesse é realizada quando eles estão deprimidos, agressivos, ou agindo de alguma forma diferente do habitual. Em alguns casos, o centro espírita ainda recomenda a utilização de um terceiro passe: o espiritual. “O animal não tem problema espiritual, mas as pessoas têm. Querendo ou não, os integrantes de uma família podem trazer seus problemas pra dentro de casa. Por causa disso, o animal absorve essa energia negativa e acaba ficando mal”, disse a diretora, que afirmou que nesses casos o tratamento é feito em conjunto — com a participação do animal de estimação e dos familiares. “Se a família não se sentir bem espiritualmente e continuar levando os problemas particulares pra dentro de casa, o animal nunca vai ficar bem”, ressaltou Lídia. SAIBA MAIS Atualmente, a casa espirita conta com a colaboração de 16 voluntários — todos vegetarianos. Ela faz parte do grupo Aliança Espirita Evangélica, que tem outros 20 santuários só em Campinas. Além da Vila Brandina, o passe em animais também é realizado em outros dois ambientes do grupo, nos distritos do Campo Belo e de Barão Geraldo. Para entrar em contato com a Celuca, basta ligar no (19) 99786-5161. Cachorra de fisioterapeuta passou por dois tratamentos A fisioterapeuta Giovana Panucci Pereira, de 26 anos, ficou sabendo do tratamento realizado pelo Celuca. Ela conta que sua cachorrinha, de um ano e seis meses, por um bom tempo passou por problemas de saúde antes de conhecer o centro espírita. “A Babi tinha dois probleminhas. Ela tinha um incômodo muito grande nos olhos, porque ela não tinha o canal da lágrimas formado e os silos dela ainda nasciam invertidos. Isso a incomodava e causava outros problemas. Ela também tinha algumas crises respiratórias que a veterinária dizia que era como se fosse um espirro invertido. Eu e meu marido ficamos por um bom tempo de mãos atadas, sem ter o que fazer, porque não tem remédio pra ela”, comentou. De acordo com ela, o trabalho do passe em animais tem ajudado na recuperação do pet. Ela conta que seu bichinho de estimação vem realizando o tratamento há pelos menos quatro meses e que os resultados são visiveis. “A Babi ainda tem alguns problemas respiratórios, mas em uma proporção infinitamente menor do que antes. Tanto meu pet quanto eu e meu marido aprendemos a lidar melhor com a situação. Antes, a gente ficava desesperado, não sabia o que fazer e ligava pra Deus e o mundo. Hoje, quando a Babi tem as crises dela, a gente consegue ficar mais calmos e lidar melhor com o problema”, afirmou a fisioterapeuta.