Onda de calor aumenta busca por atendimento médico

Com o calor batendo recordes de temperatura e a umidade do ar em constante queda em Campinas, os casos de doenças relacionadas ao calor aumentaram 20% nos hospitais públicos e privados da cidade na última semana, segundo dados da Secretaria de Saúde Campinas. Nesta quarta (5), com os termômetros na cidade chegando a 37 graus e a umidade em 30%, a sensação térmica chegou a 42 graus, o que aumenta os cuidados que se deve ter com a saúde, principalmente em crianças, idosos e doentes crônicos.  De acordo com a secretaria, desde o início de fevereiro a procura por atendimentos nas unidades de saúde aumentou principalmente com casos de viroses do sistema digestivo, que têm como os principais sintomas dores de barriga, náuseas e diarreias. Além destes problemas, as principais queixas das pessoas que procuram o atendimento são mal estar, tonturas, falta de ar, câimbra e alterações na pressão arterial. De acordo com o médico e coordenador do Hospital Municipal Mário Gatti, Fábio Giovanetti Morano, é preciso tomar cuidados especiais com a saúde durante este período de calor extremo e a baixa umidade, principalmente com os idosos e crianças.Segundo Morano, além disso pessoas hipertensos podem sofrer alterações na pressão; diabéticos podem ter hiperglicemia e pessoas com doenças crônicas podem piorar os sintomas de falta de ar – sintomas relacionados com as altas temperaturas. Cuidados“O mais importante cuidado que se deve ter é a hidratação”, afirma o médico. “É preciso ofertar água para os idosos, mesmo que eles não solicitem”, explica. Segundo ele, o controle neurológico da sede na chamada 'terceira idade' não é tão presente quanto nas pessoas mais novas. “Deve-se oferecer sucos sem açúcar e água aos mais velhos para que eles não sofram com a desidratação”, reafirma. “Umidificar o ambiente é outro cuidado essencial”, orienta Morano. “Caso não tenha umidificadores de ar, toalhas molhadas podem ajudar a combater a umidade baixa”, completa.Além disso, é preciso evitar a exposição solar, principalmente entre às 10h e 17h; usar protetor solar, chapéus e roupas de mangas longas. No horário citado a incidência de raios ultravioletas (UV) é alta, podendo provocar câncer.