SANTOS DUMONT

Onda de assaltos assusta o Bandeiras

Só nos últimos dez dias foram pelo menos cinco vítimas, a maioria mulheres, que ficaram sem o celular

Alenita Ramirez
20/10/2018 às 11:18.
Atualizado em 06/04/2022 às 01:18

Uma onda de assaltos em uma passarela da Rodovia Santos Dumont, no Jardim das Bandeiras, em Campinas, assusta trabalhadores e moradores, a maioria mulheres. Só nos últimos dez dias, ao menos cinco pessoas foram atacadas por criminosos no local. Em uma das ações, o bandido atacou três mulheres, sendo uma delas em momento distinto. A Polícia Militar (PM) disse que está atenta e reforçará o policiamento preventivo e ostensivo nas imediações do Jardim das Bandeiras, “buscando a progressiva e constante diminuição dos índices criminais identificados.” De acordo com as vítimas, os ataques acontecem em qualquer horário do dia. Elas acreditam que se trata do mesmo ladrão. O bandido é descrito como de boa aparência e bem-vestido. Ele simula ser usuário da passarela e do transporte coletivo, usa uma mochila preta nas costas e tem andar tranquilo. Uma das vítimas chegou a levar coronhadas nas costas porque demorou a entregar o celular. “Eram 10 para às 11h. Naquele dia entrei mais tarde no serviço. Eu subia a passarela e ele descia. Não imaginava que era um bandido. Ele se aproximou e anunciou o assalto. Apontou uma arma e me obrigou a entregar o celular, que estava dentro da minha bolsa”, contou a operadora de caixa Rosilene Correa da Silva, de 40 anos, que ainda paga pelo celular modelo Moto G5S. “O seguro é só sobre consertos e não roubo. É complicado, pois você compra um aparelho bom e uma pessoa vem e o leva”, lamentou. Rosilene trabalha em um supermercado e havia descido do ônibus na pista no sentido Centro. Ela subia a rua para acessar passarela ao lado contrário da pista. “Vi que no ponto de ônibus do lado oposto tinha duas moças que estavam apavoradas e apontavam para o homem. Após me roubar, ele saiu andando como nada tivesse acontecido e carregava nas mãos outros dois aparelhos que eram das meninas”, disse. Os assaltos não só acontecem sobre a passarela, mas também em vias paralelas à rodovia e nos pontos de ônibus. De acordo com moradores os alvos são pedestres e motoristas que transitam pelo local. São levados objetos de valores e até carros, em alguns casos. “Não há horário para que os criminosos ataquem. Eles se disfarçam. Quando os ataques são nos pontos de ônibus, eles simulam que estão conversando no celular e esperam o momento próprio para abordar a vítima. Embora uso carro, temo pelas minhas colegas de trabalho. Tem muitas que saem dez horas da noite e são obrigadas a atravessar a passarela para pegar ônibus”, disse a recepcionista Terezinha Evangelista, de 52 anos. As vítimas afirmaram que registraram BOs (Boletins de Ocorrências) em várias delegacias da cidade, mas o crime será apurado pelo 6<SC210,186> Distrito Policial (DP).

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