vestibular 2019

Oficina do Estudante avalia 1ª fase da Fuvest

A prova da primeira fase do vestibular da Universidade de São Paulo (USP) manteve a tradição de anos anteriores, sendo trabalhosa

Daniel de Camargo
25/11/2018 às 21:51.
Atualizado em 05/04/2022 às 23:47

A prova da primeira fase do vestibular da Universidade de São Paulo (USP) realizada no domingo (25), manteve a tradição de anos anteriores sendo trabalhosa, conteudista e exigindo do candidato um bom conhecimento em todas as áreas, segundo Célio Tasinafo, diretor pedagógico do Colégio e Curso Oficina do Estudante. O professor ressalta, entretanto, que se surpreendeu positivamente com o exame que, ao contrário de outras edições, focou em temas polêmicos e extremamente atuais, utilizando, inclusive, referências extraídas de publicações jornalísticas recentes. "Na prova de inglês, por exemplo, temos um texto relacionado a questão da imigração para os Estados Unidos. Trata-se de uma publicação da revista Time de agosto de 2018", disse, acrescentando que a edição 2019 da Fuvest foi a que mais utilizou textos publicados no ano anterior, em sua concepção. Tasinafo destaca ainda outros temas importantes abordados como a diminuição da cobertura vacinal e a diferença salarial entre homens e mulheres. Para o professor, a Fuvest 2019 foi uma prova "muito exigente", principalmente, no caso das disciplinas exatas. "A primeira questão de geografia pede épocas geológicas", comenta, analisando que esse tipo de pergunta não era incluído no vestibular há muito tempo. "Acredito que os alunos tenham encontrado dificuldades", afirmou. Tasinafo elogiou também a exploração de temas relacionados ao meio ambiente, atendendo uma expectativa não concretizada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Contudo, ele elege o vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) como o mais adequado a realidade dos alunos, por ser mais acessível. Na comparação com a prova da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Tasinafo é enfático e se limita a criticar, afirmando que trata-se de "uma prova do século passado". MAIS SOBRE A FUVEST 2019 A primeira fase do vestibular da USP foi composta por 90 questões de múltipla escolha para cinco horas de prova. As perguntas foram divididas entre as disciplinas básicas do ensino médio - português e literatura, história, geografia, matemática, física, química, biologia, inglês - e algumas interdisciplinares. Ao todo, cerca de 7,6 mil pessoas se inscreveram para realizar o vestibular em Campinas. Em 2018, os exames aconteceram na Faculdade Anhanguera (Taquaral), no Liceu (Guanabara) e na Unip (Swift). Campinas é a terceira cidade brasileira com o maior número de inscritos, atrás somente de São Paulo e região metropolitana, e Ribeirão Preto, com 81,1 mil e 10,3 mil candidatos, respectivamente. Segundo a Fuvest, este ano 127.786 pessoas se inscreveram para a prova da USP, para 8.362 vagas disponíveis em 183 cursos de graduação. Outras 2.785 vagas serão oferecidas via Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação (MEC) - o processo de ingresso por esse meio será administrado pela Pró-Reitoria de Graduação da própria USP. A carreira mais concorrida é a de Medicina - em São Paulo, Ribeirão Preto e Bauru, com 115,2, 108,7 e 86,9 candidatos por vaga, respectivamente. Já a área biológica é a com o maior número de inscritos, com pouco mais de 51 mil candidatos (4.120 treineiros); seguida por humanidades, com quase 41 mil concorrentes (3.911 treineiros) e exatas, com número levemente superior à 24 mil (3.398 treineiros) inscritos.

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