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Ocorrências de dengue se multiplicam

O registro de dengue em Campinas cresceu quase cinco vezes em 23 dias e a Secretaria Municipal de Saúde intensificou as ações e alertas

Gilson Rei
19/02/2020 às 07:50.
Atualizado em 29/03/2022 às 21:05

O registro de dengue em Campinas cresceu quase cinco vezes em 23 dias e a Secretaria Municipal de Saúde — preocupada com a evolução dos casos em um período pequeno de tempo — intensificou as ações e alertas para evitar nova epidemia de dengue. Ontem, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) da cidade publicou o terceiro boletim epidemiológico do ano. O documento mostra que foram confirmados 154 casos de dengue nos primeiros 45 dias do ano. O dado positivo é que a cidade não registrou óbitos neste ano por complicações da doença. O que mais preocupa é que entre 1º de janeiro e 22 de janeiro existiam 34 registros e o volume saltou para 154 confirmações até o dia 14 de fevereiro, mostrando que os casos de dengue na cidade praticamente quintuplicaram em menos de um mês. Em apenas 23 dias, surgiram mais 120 casos de dengue. Vale lembrar que a cidade encerrou 2019 com a terceira maior epidemia de dengue da história. Foram 26,3 mil casos e cinco mortes provocadas pela doença. A pior epidemia registrada por Campinas ocorreu em 2015, com 65.634 casos confirmados. Um ano antes, a cidade havia contabilizado 42.109 pessoas infectadas. Para que os números não cresçam mais, a Secretaria de Saúde decidiu atuar em diversas frentes para eliminar os criadouros e evitar a proliferação do mosquito. Entre as ações, há controle de criadouros, orientações à população, capacitação de médicos e enfermeiros para o manejo clínico do paciente com dengue e alertas sobre áreas de risco. Um hotsite com informações foi criado (https://dengue.campinas.sp.gov.br). Andrea Von Zuben, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, destacou a importância da população no processo. “A população deve estar muito atenta às suas casas e à presença de criadouros, já que está muito calor e houve período de muitas chuvas. É importante não deixar água parada, para reduzir os criadouros e evitar o aumento do número de casos de dengue”, ressaltou. Regiões Neste ano, a Região Norte foi a mais afetada pela dengue, com 43 pessoas infectadas pelo mosquito Aedes aegypti, que inclui os distritos de Barão Geraldo e Nova Aparecida, a região dos Amarais, do Jardim Chapadão e do Jardim Aurélia. A Região Leste vem na sequência com 33 registros — a área concentra bairros como Alphaville, Nova Campinas, Paineiras e os distritos de Sousas e Joaquim Egídio. A terceira no ranking da doença, com 29 casos, é a Região Sudoeste, onde estão os bairros do distrito do Ouro Verde entre outros.

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