BLOQUEIO

Obra em ponte da Estrada da Rhodia fica apenas na promessa

Moradores que trabalham em Paulínia precisam dar volta de 7km para chegar ao emprego

Cecília Polycarpo
04/03/2015 às 05:00.
Atualizado em 24/04/2022 às 00:58
Motociclistas se arriscam a passar pela ponte, que está com a estrutura comprometida ( César Rodrigues/ AAN)

Motociclistas se arriscam a passar pela ponte, que está com a estrutura comprometida ( César Rodrigues/ AAN)

Interditada há mais de três meses por risco iminente de queda, a ponte na Estrada da Rhodia que liga Campinas a Paulínia permanece sem nenhum reparo. Moradores do distrito de Barão Geraldo que utilizavam a passagem todos os dias para irem ao trabalho na cidade vizinha agora percorrem pelo menos 7 quilômetros até a Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), que dá acesso a Paulínia. Apesar de a ponte ter sido interditada pela Secretaria de Infraestrutura de Campinas, a Administração de Paulínia é a principal responsável pela reforma do local. A Administração informou que um estudo da ponte será feito a "médio prazo" , mas não estipulou data para a passagem reabrir. A obra também exigirá também cooperação da Prefeitura de Campinas.   Conidções precárias   A ponte passa sobre o Ribeirão Anhumas e está em condições precárias. A mureta metálica da estrutura está enferrujada e com partes de ferro distorcidos. É possível perceber que a ponte está abaulada e há rachaduras profundas no asfalto. Os riscos foram apontados por um laudo técnico encomendado pela Rhodia e a decisão de bloqueio foi tomada após uma vistoria realizada por profissionais da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Subprefeitura de Barão e Defesa Civil. De acordo com o documento, há sérios comprometimentos na estrutura.   Porém, mesmo com o grande risco de queda, motociclistas furam o bloqueio pelo gramado e utilizam a ponte como passagem. A reportagem esteve no ponto e viu cinco condutores atravessando o local em meia hora.   Demora Moradores de Barão Geraldo acostumados a pegarem a Estrada da Rhodia  para irem a Paulínia disseram que levam mais 20 minutos no trajeto pela Zeferino Vaz. "Para quem mora no fundo de Barão Geraldo era muito mais fácil ir pela Rhodia. A gente cortava um caminho muito grande" , disse a enfermeira Maria Rita Gonçalves, 45 anos.   Funcionário da Refinaria de Paulínia (Replan) e morador do bairro Guará, Igor Lopes, 26 anos, disse que levava 15 minutos para chegar ao trabalho antes da interdição. "Agora chego em mais de meia hora" .   Responsabilidade A Prefeitura de Paulínia informou que a reforma da ponte exigirá obras também da administração campineira, mas não informou quais. O processo de licitação da empresa que irá realizar a obra já foi iniciado, segundo a Administração, "mas não é possível estabelecer prazo" . O prefeito José Pavan Júnior assumiu a cidade no dia 6 de fevereiro, depois da saída do Edson Moura Júnior (PMDB).   A concessionária Rota das Bandeiras assumiu em janeiro a manutenção das estradas vicinais em três distritos de Campinas, incluindo a Estrada da Rhodia. Porém, segundo a empresa, o trecho sob sua responsabilidade do condomínio Rio das Pedras ao condomínio Terras do Barão, área que não compreende a ponte.   Já a Prefeitura de Campinas encaminhou à Agência Reguladores dos Serviços Públicos de Transporte (Artesp) solicitação para que a Concessionária Rota das Bandeiras assuma a obra da ponte da Estrada da Rhodia. As providências incluiriam a manutenção das vicinais e recuperação ou reconstrução da ponte. A Administração aguarda resposta oficial da Artesp.

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