Obra de extensão da Mackenzie começa em julho

Com uma correção do traçado e a retificação do decreto de utilidade pública publicada nesta quarta-feira (17) no Diário Oficial do Município (DOM), o grupo de empresas que vai financiar a extensão da Avenida Mackenzie está projetando para julho o início das obras que levará a avenida da altura da Leroy Merlin até o condomínio Três Pontes do Atibaia, em Sousas. Esse tempo é necessário para que os investidores concluam os projetos necessários.

Segundo o secretário de Infraestrutura, Carlos Santoro, falta ainda apresentar o projeto de drenagem da segunda fase da estrada e o dimensionamento de galerias.

O prefeito Jonas Donizette (PSB) disse ontem que o projeto andou muito lentamente no ano passado, e que foi retomado, com a meta de definir rapidamente os encaminhamentos. “Tudo o que a Prefeitura precisa fazer já foi e agora as definições estão por conta dos empreendedores. A Prefeitura não vai investir nenhum recurso na obra e tudo ficará por conta do grupo de empresários que decidiu pela ampliação”, afirmou.

O presidente do Grupo Brasilinvest, Fernando Garnero, afirmou que os detalhes finais são mínimos diante da magnitude da obra.

“Só vamos começar a construção quando toda a parte técnica do projeto estiver resolvida”, disse.

O secretário de Infraestrutura informou que falta 1% para ser todo aprovado e que já é possível, inclusive, emitir uma ordem de serviço parcial para o início da construção. “Esse prolongamento da avenida é de interesse da cidade. A região vem se desenvolvendo muito e precisamos de alternativas de vias para chegar a Sousas.”

Orçada em cerca de R$ 65 milhões, a nova avenida fez parte de um termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado em maio e que deu aval para os empresários iniciarem a implantação da via. A avenida terá quatro faixas e uma ciclovia no Centro.

Como parte da negociação, a Arquidiocese de Campinas recebeu um terreno de 20 mil metros quadrados no final da Mackenzie e ali os empresários irão erguer uma igreja com 2 mil metros quadrados de área construída e capacidade para 500 fiéis. Como contrapartida, os investidores terão que construir também um Centro de Referência para idosos e um Centro de Tratamento para usuários de crack, que serão administrados pela Secretaria de Assistência Social.

A avenida passará por áreas doadas pela Brasilinvest, Sol Invest, Toscana, Trombeta, Rossi. A Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (Feac) já teve parte da área desapropriada e paga pelos investidores. O projeto prevê a construção de três corredores de fauna, atualmente interrompidos pela estrada CAM-10, e a plantação de 8 mil mudas de árvores nativas na região.

A obra ocorrerá em duas fases: a primeira terá início ao lado da loja Leroy Merlin e seguirá até a entrada do condomínio San Conrado; um total de 4,5 quilômetros. Esse trecho deve ser concluído em um ano, a partir do início das obras. A segunda fase, com 3,5 quilômetros, ligará o San Conrado ao condomínio Três Pontes do Atibaia.

O projeto de prolongamento da avenida e do condomínio Três Pontes do Atibaia, que será implantado ao longo da via, obtiveram licença através de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima). A empresa Comurb realizou estudos do solo, fauna, flora e até mesmo arquelógico no local. Os estudos foram aprovados pelos órgãos competentes, segundo o arquiteto Fuad Cury, da Comurb.

“A estrada será diferenciada e nem poderia deixar de ser, porque ela está dentro de uma área de proteção ambiental. É uma obra muito esperada, porque além de criar um novo caminho para Sousas, vai permitir alavancar empreendimentos imobiliários na região”, afirmou

“Não queremos ter riscos na execução. É uma construção pesada, de alto nível e estamos apenas concluindo algumas questões burocráticas para poder começar a construção”, afirmou Fernando Garnero.

Atualmente, o volume diário de veículos na Via Expressa Heitor Penteado, próximo ao Trevo, é de 50 mil nos dois sentidos. Na Avenida Mackenzie, esse fluxo é de 25 mil nos dois sentidos e na Avenida Antônio Carlos Couto de Barros (distrito de Sousas), de 35 mil nos dois sentidos.