Moradores do Núcleo Gênesis reclamam da demolição de passarela na D. Pedro
Willian Gonçalves Martins mostra trecho usado antes pelos moradores (Leandro Ferreira/AAN)
Moradores do Núcleo Residencial Gênesis, em Campinas, reclamam de uma obra realizada pela concessionária Rota das Bandeiras na Rodovia Dom Pedro I, próximo ao hipermercado Carrefour. O serviço retirou a passarela que dava acesso ao Parque Imperador, onde muitas pessoas do bairro trabalham na Samsung, impossibilitando a passagem. Além disso, os moradores estão expostos a uma passagem cheia de lama, o que aumenta a revolta dos que precisam transitar pelo local. Segundo nota publicada no site da Rota das Bandeiras, a obra atual é mais uma etapa da remoção da passarela do Km 142, que busca garantir a continuação da instalação de um novo trecho de pistas marginais entre os Kms 140 e 143, do trevo de Barão Geraldo até o Trevo dos Amarais. Segundo a nota publicada pela concessionária, as obras começariam na sexta-feira à noite. A implantação de novas marginais na Dom Pedro está prevista no cronograma de obras do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, e tem entrega prevista para março deste ano. As obras para remoção da passarela deveriam terminar às 5h de domingo, quando a pista será completamente reaberta. Entretanto, os moradores do Gênesis alegam não ter recebido qualquer tipo de comunicado em relação à remoção da passarela, além de não possuírem uma passagem alternativa. Willian Gonçalves Martins, de 51 anos, é líder comunitário e presidente da Associação dos Moradores do Núcleo Residencial Gênesis e afirma ter recebido, recentemente, muitas reclamações dos moradores em relação a esta situação. “Muitos moradores do bairro trabalham na Samsung, localizada no Parque Imperador, ou, como é o caso de algumas mulheres que vieram falar comigo, são empregadas domésticas lá. Essas pessoas não tem como passar para chegar ao trabalho”, afirmou o presidente da associação de moradores. Segundo ele, existe uma passagem alternativa, localizada na Rua Moscou, no Parque São Quirino, mas o caminho até lá é muito longo. “São quase 2km até a outra passagem, e fazer esse caminho todos os dias seria inviável”, conta. De acordo com o líder comunitário, algo precisa ser feito para que a população não tenha que andar cerca de 2km para poder fazer a travessia. “A concessionária precisar dar condições para a travessia dos pedestres, já que a passarela será retirada.”