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Óbitos por Covid-19 aumentam na RMC

O número de mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus na Região Metropolitana de Campinas (RMC) cresceu 321% nas últimas três semanas

Henrique Hein
07/05/2020 às 07:42.
Atualizado em 29/03/2022 às 12:26

O número de mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus na Região Metropolitana de Campinas (RMC) cresceu 321% nas últimas três semanas, segundo apuração junto às prefeituras. Em 16 de abril, as vinte cidades da região contabilizavam juntas 14 mortes de pacientes infectados pela Covid-19. Até ontem, pelo menos 59 óbitos haviam sido confirmados. Além dos falecimentos, a quantidade de casos positivados da doença também cresceu no período: de 245 para mais de 930 ocorrências, o que representa um aumento percentual de 280%. Por causa do avanço da doença nas últimas semanas, diversas prefeituras tomaram medidas nos últimos dias para tentar conter o alastramento da doença. Na tarde desta terça-feira, por exemplo, Vinhedo obrigou a população a usar máscaras em locais públicos. O prefeito Jaime Cruz (PSDB) determinou: quem sair de casa sem a proteção será advertido e, em caso de reincidência, punido com a aplicação de multa no valor de R$ 163,86. Os “desobedientes” também podem ser denunciados por crime de infração de medida sanitária preventiva. Em Campinas, ações de combate à doença também foram tomadas, como a obrigação do uso de máscaras para motoristas e usuários do transporte coletivo, táxis e por aplicativos. O município também deu inicio ontem a uma série de bloqueios parciais no trânsito. A Prefeitura de Paulínia determinou nesta semana a obrigatoriedade do uso de máscaras para motoristas e usuários de ônibus. A cidade que também antecipou para hoje a terceira fase da campanha de vacinação contra a gripe com o objetivo de evitar aglomerações durante a pandemia. Serão priorizadas nesta etapa todas as crianças com idades entre seis meses a seis anos, doentes crônicos, gestantes e mulheres no pós-parto. Na avaliação do médico epidemiologista André Ribas Freitas, toda decisão que tenha como objetivo contribuir com o isolamento social é bem-vinda nesse momento, se for bem organizada. Para o especialista, o crescimento do número de mortes e casos confirmados na região já era algo esperado. “A gente vai sempre estar olhando para o retrovisor (algumas semanas anteriores) quando formos falar do número real de casos, porque há uma grande quantidade de exames que ainda aguardam os resultados”, explica. Segundo ele, os números evidenciam a necessidade das pessoas aderirem ao isolamento social. “Estamos vivendo uma fase de aumento exponencial da curva e tem muita gente que não estão entendendo a gravidade disso. Quando um grande número de pessoas fura a quarentena, elas não estão fazendo a economia girar. Estão apenas aumentando os casos e causando mais mortes. Basta ver o que houve na Itália - um país que foi o epicentro da doença, porque a prevenção começou depois das mortes”.

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