FÓRUM RAC

O petróleo da sociedade moderna

Participantes apontam o uso de dados por TI para apresentar soluções como o motor do mundo

Daniel de Camargo
26/06/2018 às 07:21.
Atualizado em 28/04/2022 às 13:57
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 (Thomaz Marostegan)

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O levantamento, a interpretação, mas principalmente o emprego dos dados na solução de problemas, sejam eles de ordem corporativa ou não, são o petróleo da atualidade. Este conceito resume o Capítulo VII do Fórum RAC, que aconteceu ontem, no Royal Palm Hall, em Campinas, e reuniu especialistas, executivose profissionais liberais, entre outros. Intitulado Os Avanços da Tecnologia da Informação: Contribuindo para um Mundo Melhor, o evento foi apresentado e mediado por Rodolfo Jardim de Azevedo, diretor do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O diretor-presidente do Grupo RAC, Sylvino de Godoy Neto acredita que “não seria exagero dizer que a tecnologia da informação veio para mudar o mundo para sempre. E não apenas no que se refere ao aperfeiçoamento de métodos e processos, que alavancam e dão suporte a formas mais eficientes na administração das organizações públicas ou privadas, mas também no comportamento das pessoas.” Rosana Jamal Fernandes, sócia-diretora da Baita Aceleradora têm a mesma opinião e completa que, “a mudança não é na própria TI (Tecnologia da Informação), mas sim na cultura. O que interessa não é qual tecnologia é utilizada, mas qual problema ela resolve”, completou. Ao palestrar sobre startups, a especialista citou a Uber, Waze e Netflix, como exemplos de empreendimentos bem-sucedidos, que resultaram em uma grande mudança na sociedade. Já Fernando Garnero, presidente da Informática de Municípios Associados (IMA), destacou, entre outros, que o trabalho conjunto das autarquias municipais tem elevado o patamar tecnológico de Campinas. Como modelo a ser seguido, ele citou o Canadá, um país 100% digital. Garnero avalia que o foco da TI na gestão pública é “levar informação ao cidadão que paga imposto.” Falando sobre a contribuição da ferramenta para o desenvolvimento agropecuário, Sílvia Massruhá, chefe geral da Embrapa Informática Agropecuária, apontou que os indicadores gerados provem dados, por exemplo, para justificar empréstimos aos agricultores. Além, de análises direcionadas a atividade em si, como monitoramente climático. Setor bancário A conveniência proporcionada aos clientes e a agilidade nas transações, fazem a TI essencial para os bancos. Diretor de sistemas do Bradesco, Edilson Dias dos Reis assegura que o mercado financeiro não existe sem a tecnologia. “Hoje, nossos correntistas (71 milhões de pessoas) vão as agências para tratar de negócios com os gerentes, pois a maioria das transações são realizadas via aplicativo de celular e internet”, afirma o executivo. Executivo de pesquisa e inovação do Instituto Eldorado, Arthur João Catto foi extremamente conceitual em sua apresentação. “Com certeza, a inteligência artificial vai passar por cima de nós”, enfatizou. Ao mencionar que parte do trabalho desenvolvido em sua empresa, o monitoramento de tecnologias emergentes, ele disse que o Brasil, historicamente, é mais lento para lançar novas tecnologias, atuando como um seguidor das ferramentas apresentadas por empresas estrangeiras. Representando o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), André von Zuben, secretário de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo, classifica o debate trazido pelo Fórum RAC como extremamente importante. Ele diz que este capítulo, em específico, aborda o que a cidade tem de mais significativo: a tecnologia. 

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