otimismo

Números apontam um Natal melhor este ano

Os últimos números do PIB, que apontaram uma pequena alta no 2º trimestre deste ano, foram suficientes para que os fabricantes acreditem em um Natal melhor do que em 2016

Adriana Leite
21/09/2017 às 09:16.
Atualizado em 22/04/2022 às 18:23
Rua Treze de Maio: com maior implemento da indústria, tendência que haja mais produtos e melhores vendas (CEDOC/RAC)

Rua Treze de Maio: com maior implemento da indústria, tendência que haja mais produtos e melhores vendas (CEDOC/RAC)

Os industriais começam a dar sinais de otimismo com o futuro da economia brasileira. Os últimos números do Produto Interno Bruto (PIB), que apontaram uma pequena alta no consumo interno no segundo trimestre deste ano (0,2%), foram suficientes para que os fabricantes acreditem em um Natal melhor do que em 2016. A mudança nos ânimos teve reflexo nas contratações, que somaram 250 postos em agosto na área da Regional Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O resultado foi o melhor dos últimos sete anos para o mês. A previsão é que as vagas sejam para a produção que irá atender a demanda do final de ano. A direção da entidade comemorou que em dois meses seguidos (julho e agosto) foram registradas contratações neste ano pelas empresas localizadas na área da Regional Campinas. O fato não acontecia desde março de 2015. O saldo de janeiro até o mês de agosto de 2017 é de 450 admissões. Mas nos últimos 12 meses ainda são contabilizadas 3.050 demissões. Outros indicadores apontaram para um equilíbrio dos números em patamares mais positivos. O professor da Faculdades de Campinas (Facamp), José Augusto Ruas, afirmou que a sondagem industrial de agosto mostrou que produção, vendas e emprego apresentaram melhora em relação ao ano passado. “Claramente, há uma melhora nos indicadores, principalmente pela expectativa criada com a pequena subida no consumo apontada na divulgação do PIB do segundo trimestre de 2017. A alta foi uma resposta ao estímulo gerado pelo saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”, comentou. Ele salientou que, apesar de mais otimistas, os industriais ainda continuam com o pé no freio na hora de investirem. “O nível de investimento se mantém muito baixo. Para uma retomada da economia é preciso um crescimento sólido e vigoroso do investimento para geração de postos de trabalho. Mesmo a abertura atual de oportunidades de trabalho no setor está acontecendo de forma lenta”, analisou o economista. O 1º vice-diretor da Regional do Ciesp Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, comentou que já vê nos indicadores uma retomada. Com um discurso mais otimista, ele disse que a queda dos juros e da inflação e a abertura de novos postos de trabalho apontam para uma recuperação da economia. “Desde março de 2015 que não registrávamos dois meses seguidos de contratações na região. Isso aconteceu com os meses de julho e agosto. O cenário mostra que já batemos o fundo do poço e agora estamos em retomada de crescimento”, ressaltou. O diretor de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso, afirmou que a balança comercial da regional também reforça os sinais de recuperação da economia. “As exportações no conjunto dos 19 municípios que formam a Regional cresceram 16% no acumulado de janeiro a agosto. As importações subiram 10% no mesmo período. Ainda temos um déficit e isso é natural pelas características da produção local que necessita de insumos importados”, explicou. Ele observou que a corrente de comércio (soma das exportações e importações) caiu apenas 7,2% até o mês passado. “Nós esperávamos um recuo entre 12% e 14% neste ano. O resultado está muito melhor”, pontuou Riso.

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