NAS RODOVIAS

Número de queimadas aumenta em quase 75%

Comparação é em relação ao mesmo período do ano passado

Henrique Hein
21/06/2020 às 12:07.
Atualizado em 28/03/2022 às 22:31
Às margens da Rodovia Campinas-Mogi foram registradas nove ocorrências de queimadas em maio: perigo (Leandro Ferreira/AAN)

Às margens da Rodovia Campinas-Mogi foram registradas nove ocorrências de queimadas em maio: perigo (Leandro Ferreira/AAN)

O número de queimadas registradas às margens das principais rodovias que cortam a Região Metropolitana de Campinas (RMC) aumentou 74,5% em maio desse ano, na comparação com mesmo período de 2019, saltando de 106 para 185 ocorrências, segundo dados fornecidos na última semana pelas próprias concessionárias. O maior índice foi verificado no Corredor Dom Pedro, onde 112 casos foram computados em maio pela concessionária Rota das Bandeiras. Trata-se de um recorde para o mês desde o início da concessão da empresa, em 2009. Para efeito de comparação, no mesmo período do ano passado, foram 55 queimadas no local. Em segundo lugar, aparece o Sistema Anhanguera-Bandeirantes, que liga os municípios da região à Capital. O total de incidentes registrados nas duas vias pela CCR AutoBAn subiu de 36 para 47. O crescimento das queimadas também ocorreu na Rodovia Santos Dumont (SP-075), que é responsável por ligar Campinas à região de Itu. Segundo a Concessionária AB Colinas, foram registradas em maio de 2019 um total de 11 casos. No mesmo mês deste ano o número subiu para 17 casos contabilizados. Quem também informou aumento no número de queimadas foi a concessionária Renovias, é responsável por administrar a Rodovia Adhemar Pereira de Barros (SP-340), conhecida popularmente como Campinas-Mogi. A pista liga municípios como Campinas e Jaguariúna ao Sul de Minas. No trecho avaliado, foram contabilizadas nove ocorrências em maio deste ano, cinco a mais do que o verificado no mesmo período do ano anterior. De acordo com as concessionárias, o longo período de estiagem registrado neste ano foi o principal fator que contribuiu para o aumento das estatísticas. Dados do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostram que pela primeira vez na história houve ausência total de chuvas em Campinas durante o mês de abril. Em maio, o volume de chuva também foi baixo: apenas 13 milímetros, um índice muito aquém do esperado para o período, que é de 61,7 milímetros. As concessionárias também alertam que as bitucas de cigarros arremessadas por motoristas, a utilização de fogo para limpeza de terrenos, a queima de lixo, as fogueiras e a soltura de balões são fatores que contribuem e muito para o surgimento de queimadas em rodovias. “Caso o motorista se depare com um incêndio, é necessário que ele reduza a velocidade e aumente a distância do veículo da frente. Além disso, é importante não ligar o pisca alerta e nem parar na faixa de rolamento. Se houver um prejuízo muito grande à visibilidade, o motorista deve parar em um local seguro”, destaca o coordenador de tráfego da Rota das Bandeiras, Murilo Perez. Outra medida importante é relatar o ocorrido às concessionárias por meio do serviço de atendimento ao usuário.

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