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Número de mortes no trânsito cai pela 4ª vez seguida

Em 2018, foram contabilizados 346 óbitos, contra 393 em 2017, 416, em 2016, e 445, em 2015

Daniel de Camargo
27/01/2019 às 10:05.
Atualizado em 05/04/2022 às 09:27

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) reduziu o número de mortes em decorrência de acidentes de trânsito pelo quarto ano consecutivo. Em 2018, foram contabilizados 346 óbitos, ante 393, 416 e 445 assinalados em 2017, 2016 e 2015, respectivamente. A quantidade de ocorrências registradas no ano passado é 22% menor que a soma de 2015. As estatísticas são do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado (Infosiga), base de dados do governo paulista, que mapeia dados desde 2015. O levantamento aponta que a maioria dos casos acontece no perímetro urbano. Aproximadamente 54%, ou seja, 873 acidentes, foram em vias municipais, enquanto 43% (681) ocorreram nas rodovias no entorno dos municípios. Em 3% (46) dos casos não ficou determinado o local do fato. A série histórica evidencia também que, entre os mortos de 2015 a 2018, quase 37% (583) eram motociclistas, 27% (442) pedestres, 20% (331) ocupantes (não necessariamente o condutor) de automóveis, em torno de 5% (73) ciclistas, quase 2% (29) ocupantes de caminhões e menos de 1% (8) de ônibus. Em 8% (134) dos casos não foi possível determinar o modal de locomoção da vítima. Desde o ano passado, o estudo disponibiliza também dados dos tipos e subtipos de acidentes que resultaram em morte. Em 2018, houve 117 óbitos a partir de colisões. Os atropelamentos foram responsáveis por quase 29% (99) dos falecimentos, enquanto 17% (60) se deram após choques. Em 20% (70) dos casos não foi possível categorizar a causa. A maioria das pessoas que morreu tinha entre 18 e 24 anos. Ao todo, 275. Em seguida, apareceram cidadãos com idade entre 25 e 29 anos, com 172 registros. A faixa etária com menor número de vítimas fatais abrange idosos de 75 a 79 anos. Sobre o local do óbito, o órgão estadual indica que metade das vítimas fatais, ou seja, 800 pessoas, morreu em hospitais. Em 44% (708) dos casos, o óbito foi declarado na própria via. Em 5% (92) das ocorrências não foi possível especificar o local. Dos óbitos registrados nos últimos quatro anos, 327 aconteceram em sábados e outros 324 no domingo, confirmando que a maioria dos acidentes ocorre aos finais de semana. Com 151 registros, a quarta-feira foi o dia com menor índice de mortes. No que diz respeito ao horário em que os acidentes aconteceram, as informações exibem que a maior parte ocorre no período noturno. Entre 18h e 24h, foram contabilizados 531 óbitos, ou seja, 33% do total. Em seguida, está o turno da tarde, entre 12h e 18h, com 344 registros. A faixa horária com menor número de incidentes foi a manhã. Entre 6h e 12h, foram assinaladas 253 mortes. Dentre as pessoas que faleceram nos últimos quatro anos em decorrência de acidentes de trânsito, 84,24% (1.315) eram do sexo masculino e 15,5% (242) do feminino. Quatro vítimas não tiveram seu gênero especificado. Mais estatísticas As estatísticas do Infosiga indicam que em 2018 foram registradas cerca de 5,5 mil mortes em ruas e estradas do Estado de São Paulo. O número é 3,5% inferior se comparado a 2017, quando houve 5.658 óbitos. A maior parte (50,7%) das fatalidades acontece em vias municipais. Em 2018, 2.766 ocorrências foram registradas nas cidades, redução de 12,6% na comparação com o ano anterior, que anotou 3.164 óbitos. Como o Estado não atua diretamente na gestão dessas vias, o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito adota como uma das frentes de trabalho a realização de convênios com as prefeituras. Em relação à queda ano a ano das mortes, as ações públicas e a conscientização dos usuários estão entre as razões que explicam essa reversão. Os convênios com o governo de São Paulo destinam R$ 180 milhões para viabilizar mais de 8,2 mil intervenções propostas pelos municípios, como melhorias em acessos e implantação de sinalização e iluminação, além de projetos de educação e fiscalização. O recurso vem das multas aplicadas pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), revertendo o dinheiro da infração em mais segurança no trânsito. Atualmente, 224 cidades são parceiras do programa, regiões que concentram 84% das ocorrências e 91% da população.

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