TRÂNSITO

Nova D. Pedro I tirará veículos campineiros da pista central

Projeto prevê 36 km de novas marginais e remodelação de alças de acesso; via está repleta de guindastes, escavadeiras, guinchos e mais de 600 operários que trabalham dia e noite

Cecília Polycarpo
02/08/2015 às 09:14.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:57
Treliça chama a atenção de quem passa pela D. Pedro na altura do Carrefour: local vai ganhar pista mais ampla para retorno e ponte sobre o Ribeirão Anhumas, para acesso ao bairro ( Dominique Torquato/ AAN)

Treliça chama a atenção de quem passa pela D. Pedro na altura do Carrefour: local vai ganhar pista mais ampla para retorno e ponte sobre o Ribeirão Anhumas, para acesso ao bairro ( Dominique Torquato/ AAN)

Quem passa pelo trecho urbano de Campinas da Rodovia D. Pedro I (SP-065) tem a impressão de estar em um enorme canteiro de obras. A via está repleta de guindastes, escavadeiras, guinchos e mais de 600 operários que trabalham dia e noite em intervenções no dois sentidos, ao longo de 16 quilômetros (entre os km 129 e 145). Nesta semana, uma treliça laranja gigantesca também chama a atenção dos condutores.As construções fazem parte de um projeto de criação de marginais e acessos, além de remodelação de trevos, que devem facilitar a vida do motorista que trafega diariamente pelo local. A Rota das Bandeiras está investindo R$ 170 milhões nas obras da região de Campinas, previstas em contrato de concessão com o governo do Estado, assinado em 2009. A promessa com os trabalhos, que causam transtornos temporários aos motoristas, é tirar da pista principal o motorista que utiliza a estrada para se locomover dentro da cidade.Regularmente faixas e marginais da D. Pedro precisam ser interditadas quando a concessionária faz escavações, aterramentos ou içamento de vigas, exigindo paciência dos condutores. Mas a empresa garante que, depois dos trabalhos, a capacidade de tráfego será ampliada em 66%. As atuais seis faixas na D. Pedro (três em cada sentido da pista expressa), saltará para dez (com a construção de duas faixas por sentido nas pistas marginais). A Rota sustenta também que a intervenção é importante por conta do aumento do fluxo de veículos da rodovia nos últimos anos. Todos os dias, circulam pelo trecho 125 mil carros. No total, o projeto prevê 36,2 km de vias marginais, que vão desde o km 129, trevo da Leroy Merlin, até o km 145 + 500, entroncamento com a Rodovia Anhanguera (SP-330). As obras foram divididas em quatro trechos, com a remodelação de quatro dispositivos. Desses, quatro já foram concluídos e apenas um ainda não teve sua obra iniciada. Se for considerada toda a construção das marginais, a concessionária já executou 42,38% do projeto. A previsão é que a nova configuração viária fique 100% pronta no primeiro semestre do ano que vem.O engenheiro da Rota ,Gustavo Monteiro, afirmou que as obras começaram com os trechos onde não eram necessárias muitas desapropriações às margens da rodovia. Apesar de a concessionária já ter obtido 100% das licenças ambientais necessárias, em alguns pontos a compra de áreas para as pistas ainda estão em negociação. Para não “empacar” os trabalhos, a empresa libera alguns pontos das marginais, ainda que trechos ainda estejam em obras. É o caso, por exemplo, do km 132 da pista norte (sentido Anhanguera), no acesso ao trevo da região do Sam’s Club. Com o desvio feito por conta da obra do Trevo do Galleria, os motoristas utilizam hoje as novas pistas marginais naquele ponto. No total, 89,6% das áreas já foram liberadas. A movimentação de terra durante toda as obras será de mais de 600 mil metros cúbicos.Dois trevos serão mais complicados de serem construídos, segundo Monteiro. Um deles é o do Shopping Galleria, que terá novos viadutos na pista principal e expressa. O momento mais crítico da obra será quando a empresa interditar a pista principal para escavação. “Vamos ter que desviar o fluxo da rodovia para a marginal. Esta parte está prevista para o início do ano que vem”, disse o engenheiro. O outro será o trevo do Amarais, com mais de oito alças, e que necessita ainda de desapropriação de área do governo federal.QGPara dar suporte aos 600 funcionários que trabalham na D. Pedro, a Rota montou um quartel-general com refeitório, área de descanso e dormitório, no km 131. O local tem um sistema que capta a água da chuva e a reutiliza duas vezes, nos chuveiros e nos vasos sanitários. O sistema também possui um trocador de calor, tipo de ar-condicionado invertido, que aquece a água com energia solar. São sete caixas, três filtros e duas bombas, que garantem uma economia de um milhão de litros de água potável por ano, segundo a Rota das Bandeiras.

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