comunidade carente

No Jd. Sta. Mônica também houve ação solidária

Um grupo formado por empresários e moradores do bairro Chácara Aveiro, em Campinas, distribuiu cerca de 100 cestas básicas na manhã de ontem

Daniel de Camargo
daniel.camargo@rac.com.br
04/04/2020 às 10:51.
Atualizado em 29/03/2022 às 16:22

Um grupo formado por empresários e moradores do bairro Chácara Aveiro, em Campinas, distribuiu cerca de 100 cestas básicas na manhã de ontem, para moradores do Jardim Santa Mônica, uma comunidade carente de Campinas. Os alimentos e produtos foram adquiridos com R$ 4,6 mil restantes de doações que já resultaram na entrega de aproximadamente 300 marmitas para caminhoneiros em iniciativas realizadas nesta semana. Essas ações contaram com apoio da Guarda Municipal. Um dos voluntários, Alex Barbosa, caminhoneiro e guarda municipal de 45 anos, comentou que o ato de solidariedade foi motivado pela crise decorrente do enfrentamento à pandemia da Covid-19, que tem mantido o comércio fechado e resultado em muitas demissões. Em poucas palavras, frisou que é necessário ajudar os que mais precisam. Outras ações devem ser realizadas a partir da próxima semana. A sequência será estudada, pois depende de novos recursos. Além das doações em dinheiro ou alimentos, realizada pelos voluntários, o Pesqueiro Quinta do Aveiro, situado na Estrada Municipal dos Aveiros, no Jardim Andorinhas, tem sido parceiro cedendo sua cozinha e os funcionários. Na última quarta-feira, a mesma equipe doou aproximadamente 200 marmitas para caminhoneiros no Km 3 da Rodovia José Roberto Magalhães Teixeira (SP-83), próximo ao entroncamento com a Rodovia D. Pedro I (SP- 065). O objetivo foi socorrer os motoristas que têm tido dificuldades de se alimentar em decorrência dos decretos de quarentena que fecharam muitos estabelecimentos nas estradas. Na ocasião, Barbosa disse que "o Brasil está mobilizado: tudo está parando. Se os caminhoneiros pararem, o caos será pior", disse. "Já sentimos na pele quando teve a greve", completou, se referindo à paralisação realizada pela classe em 2018, que teve extensão nacional e durou cerca de nove dias, em maio daquele ano. "Estamos sendo tratados como lixo: parece que nós somos o vírus. Em vária paradas, botam a gente para correr", lamentou, na oportunidade, o cearense Antônio Gregório de Araújo Filho, caminhoneiro de 44 anos. "Estou meio sem dinheiro para me alimentar: fiquei arrepiado com essa solidariedade", disse. O motorista comentou que mora em Aracaju (Sergipe), mas que chega a ficar seis meses sem aparecer em casa. Ele saiu de São Paulo com destino a Paulínia, onde carregaria seu veículo com soja.

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